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A ensolarada manhã deste sábado (23/9) ficará na memória de 100 famílias que tiveram as vidas transformadas ao receberem suas novas casas do Projeto de Gestão de Risco Climático Bairro Novo do Caximba (PGRC). Após mais essa etapa de entrega feita pelo prefeito Eduardo Pimentel, chega a 332 o número de moradias entregues no que é o maior projeto socioambiental da história de Curitiba.
“Entregar casas é o que mais vale na vida pública. O sonho tão esperado na vida de cada família. A partir daqui vocês vão criar seus filhos e netos e ter dignidade todos os dias”, destacou Pimentel, que visitou o novo lar da dona de casa Ivonete Pires.
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Moradora da Vila 29 de Outubro há 10 anos, ela vive com o marido e três filhos. A família aguardava ansiosa por esse momento, pois a casa nova representa mais segurança e também saúde.
“Aqui vamos estar seguros, longe da lama, da poeira. É uma emoção muito grande poder viver em um lugar melhor, com água tratada, luz, calçadas. Hoje começa uma vida nova”, afirma.
Ao todo, a intervenção vai beneficiar 1.757 famílias, das quais 1.211 estão recebendo novas moradias e outras 546, que não estão em locais alagadiços, serão beneficiadas com regularização fundiária e obras de urbanização. Atualmente estão em obras outras 439 casas, em diferentes etapas de execução.
As 100 moradias entregues neste sábado (23/8) ficam próximas às casas que já existiam na vila e serão regularizadas pela Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), o que já deixa visível a integração do projeto com o restante do bairro.
Durante seu discurso, Pimentel destacou que a Prefeitura fará ligações diretas de linhas de ônibus do Caximba para o Terminal Tatuquara, para dar mais qualidade de vida aos moradores ao reduzir o tempo de deslocamento.
O clima de festa tomou conta do local. A premiada Banda do Caximba animou a todos os presentes com seu repertório que levou o nome de Curitiba mundo afora. As famílias estavam emocionadas com a tão sonhada conquista, enquanto as crianças aproveitavam os jogos e brinquedos que foram montados. A diarista Laidionara Ferreira, 24 anos, pretende reconstruir a vida, agora que tem um endereço oficial.
“Quero comprar móveis e eletrodomésticos novos, com a tranquilidade de que não serão danificados por enchentes ou quedas de energia. Estamos muito felizes, é um dia inesquecível, só tenho que agradecer”, diz ela, que vive com o marido e um casal de filhos.
As casas de 50 m² têm dois quartos, sala, cozinha, banheiro, lavanderia e acesso individual à rua. As construções possuem elementos sustentáveis, como painéis fotovoltaicos e sistema para captação da água de chuva.
O projeto, elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), é coordenado pela Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop) em parceria com a Cohab. A iniciativa é financiada pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), com o apoio da Unidade Técnico Administrativa de Gerenciamento (Utag), divisão responsável pelo gerenciamento dos projetos estruturantes do município.
O secretário municipal de Obras Públicas, Luiz Fernando Jamur, destacou as próximas etapas da obra.
“Até o final do ano chegaremos a 450 unidades entregues e licitaremos as 440 que completam a execução das 1.211 casas”, disse Jamur.
Além de retirar famílias de áreas de risco, o projeto busca mitigar os efeitos das mudanças climáticas e promover a urbanização sustentável da região. O reassentamento para áreas próximas de onde os moradores já viviam permite a continuidade dos vínculos estabelecidos com escolas, unidade de saúde, comércios e demais serviços já utilizados no dia a dia.