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O frio intenso e a umidade elevada, características do clima curitibano, são importantes fatores que contribuem para o agravamento de quadros de alopecia, condição que causa a queda progressiva de cabelo. A avaliação é de Denise Guaita, dermaticista com especialização em tricologia, que atua na prevenção e tratamento de disfunções capilares.
“O clima favorece a oleosidade excessiva do couro cabeludo, propiciando dermatites seborreicas e inflamações que enfraquecem os fios e aumentam a queda”, explica Denise. Além disso, o hábito comum de tomar banhos muito quentes, como estratégia para enfrentar as baixas temperaturas, pode prejudicar ainda mais o equilíbrio da pele do couro cabeludo. A poluição, típica dos grandes centros urbanos, também agrava o quadro: partículas finas obstruem os folículos capilares e aceleram o envelhecimento dos fios.
Tratamentos genéricos ainda são desafio para quem sofre com a condição
Segundo Denise, muitas pessoas que enfrentam a alopecia em Curitiba ainda se deparam com tratamentos genéricos e pouco personalizados. “Embora existam bons profissionais, muitos oferecem as mesmas prescrições para todos os casos, o que limita as opções terapêuticas, especialmente para quem busca soluções menos invasivas”, avalia.
Como alternativa, a dermaticista sugere abordagens integrativas e naturais, como a eletroporação — técnica que utiliza pulsos elétricos para aumentar a permeabilidade da pele e facilitar a absorção de ativos terapêuticos. A associação com lasers também pode potencializar os resultados.
Além dessas técnicas, Denise desenvolveu o protocolo exclusivo DensiHair, um tratamento integrativo e personalizado, que combina a aplicação de ativos bioestimulantes, terapias com equipamentos de última geração e acompanhamento contínuo. “O DensiHair foi criado para atender às necessidades individuais de cada paciente, com foco na recuperação da saúde do couro cabeludo e no fortalecimento dos fios”, explica a especialista.
Fatores genéticos e nutricionais aumentam a predisposição
Além do clima, a composição genética da população curitibana, majoritariamente de origem europeia, eleva o risco para a alopecia androgenética. Deficiências nutricionais, como baixos níveis de vitamina D — comuns entre mulheres da região —, e o estresse crônico também são gatilhos importantes para a queda capilar.
“Esse padrão de clima úmido e frio favorece descamações e inflamações do couro cabeludo, agravando a queda. Já em regiões mais quentes e secas, como o Nordeste, o ressecamento e a exposição solar intensa são os principais causadores de problemas capilares”, compara Denise.
Prevenção e tratamento: cuidados essenciais para a saúde capilar
Para evitar a progressão da alopecia, Denise recomenda atenção redobrada aos sinais de alerta, como queda acentuada, afinamento dos fios e retração da linha média do cabelo. Além disso, manter uma alimentação equilibrada, rica em ferro, zinco, biotina e vitamina D, é fundamental.
“Práticas como meditação, terapias de relaxamento e atividades físicas são importantes para o controle do estresse, que impacta diretamente na saúde dos fios. Também é fundamental evitar químicas agressivas, como alisamentos e descolorações, que fragilizam os fios e podem desencadear a alopecia por danos químicos”, orienta.
Técnicas complementares, como massagens capilares para estimular a circulação e o uso de óleos essenciais com propriedades anti-inflamatórias, também são indicadas. Denise recomenda lavar os cabelos de três a quatro vezes por semana, mantendo o couro cabeludo sempre limpo e saudável.
Além dos tratamentos naturais e integrativos, opções medicamentosas como a finasterida e o minoxidil continuam sendo amplamente utilizadas. No entanto, a especialista ressalta que a finasterida é restrita ao público masculino, enquanto o minoxidil pode ser usado por ambos os sexos, retardando a progressão da calvície, porém apresenta diversos efeitos colaterais.