PUBLICIDADE
Estradas /
DIA A DIA

Cinco mortos em acidente no Paraná eram indígenas: “Estamos todos tristes”

Segundo a organização indígena, os jovens eram do povo guarani mbya e vinham da aldeia Palmeirinha do Iguaçu, localizada na Terra Indígena Mangueirinha, no município de Chopinzinho (PR)
Da esquerda: Diegson Renan Pires, Elison Ribeiro, Jaqueline Laurindo e Eliel Bolatim, mortos em acidente na manhã deste domingo, 30, na BR-373 Foto: Arquivo pessoal
Segundo a organização indígena, os jovens eram do povo guarani mbya e vinham da aldeia Palmeirinha do Iguaçu, localizada na Terra Indígena Mangueirinha, no município de Chopinzinho (PR)

Estadão Conteúdo

31/03/25
às
7:34

- Atualizado há 1 dia

Compartilhe:

A Comissão Guarani Yvyrupa divulgou uma nota de pesar pelas cinco vítimas do acidente na BR-373, envolvendo um carro e um caminhão, ocorrido na madrugada de domingo, 30,  em Chopinzinho, no Sudoeste do Paraná.

Segundo a organização indígena, os jovens eram do povo guarani mbya e vinham da aldeia Palmeirinha do Iguaçu, localizada na Terra Indígena Mangueirinha, no município de Chopinzinho (PR). O motorista do caminhão e uma bebê que estava no carro sobreviveram. A criança teve ferimentos leves.

Para receber as principais informações do dia pelo WhatsApp entre no grupo do Portal Nosso Dia clicando aqui

A nota identificou as vítimas como Diegson Renan Pires, de 19 anos, Eliel Karai Tataendy, de 22, Elison Jeguaka Mirim Ribeiro, também de 22, Jaqueline Jerá, de 19 e Jonas Pires de Lima, de 14.

Segundo Nailsen Ywá, professora em Palmeirinha do Iguaçu, eles tinham ido a um baile em uma aldeia kaingang próxima. “Estamos todos tristes”, disse ao Estadão.

TV Top Mídia/ Reprodução

Ela conhecia os jovens desde criança, e contou que Diegson gostava muito de jogar futebol e era goleiro do time. Ele deixou a esposa grávida.

Eliel era o irmão caçula da família e deixou uma filha de um ano.

Elison cursava o segundo ano do ensino médio no colégio estadual indígena Vera Tupã e gostava muito de tocar violão e cantar mborai‘i, a música sagrada guarani. Ele tinha uma filha de dois anos.

Jaqueline “foi uma menina incrível, sempre sorridente e divertida”. Ela tinha três filhas – uma delas, a bebê que estava no carro

Jonas cursava o nono ano gostava muito de jogar bola, e completaria 15 anos no dia 1º de abril. “Ele foi meu aluno desde o terceiro ano do ensino fundamental”, contou.

A morte “trágica e prematura” dos jovens “abalou todo o povo Guarani, pois quando uma vida jovem se perde perdemos parte do futuro de nosso povo”, conforme a nota da Comissão Guarani Yvyrupa.

TÁ SABENDO?

DIA A DIA

PUBLICIDADE
© 2024 Nosso dia - Portal de Noticias