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SEGURANÇA

Chefe de segurança diz que suspeitos de matar jovem após furto ignoraram ordens para deixar rapaz fugir

Entretanto, ele não teria sido ouvido e o rapaz acabou morrendo na noite da última quinta-feira
Homem que furtou chocolate sendo perseguindo no Muffato (Foto: Reprodução de vídeo)
Entretanto, ele não teria sido ouvido e o rapaz acabou morrendo na noite da última quinta-feira

Luiz Henrique de Oliveira e Geovane Barreiro

23/06/25
às
15:18

- Atualizado há 2 dias

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O chefe de segurança do Hipermercado Muffato do bairro Portão, em Curitiba, afirmou em depoimento que pediu que o segurança terceirizado e dois funcionários do estabelecimento não perseguissem fora da.loja Rodrigo da Silva Boschen, de 22 anos, que furtou chocolate e chicletes do local. Entretanto, ele não teria sido ouvido e o rapaz acabou morrendo na noite da última quinta-feira.

“Foi passado um rádio que tinha uma pessoa com a mercadoria. Quando eu vou lá fora, eles falam que o rapaz saiu com o chocolate. Falei que pode deixar que isso já é perdido e o mercado não autoriza a sair correndo atrás”, disse em depoimento.

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Do lado fora, Rodrigo foi alcançado e morto após ser abordado. “Eles não me responderam e continuaram. Ele já estava na outra esquina e eu retorno à loja. Eles não me obedecem e continuam”, disse o chefe da segurança.

Em seguida, um dos funcionários retorna e conta para o chefe da segurança que o rapaz está desfalecido. “Ele me fala que o rapaz está lá fora e está desfalecido. E eu falei que não era para fazer nada disso. Falei que não era para ter feito isso. Não dei essa ordem. Chamaram o Samu daí”, concluiu.

Suspeitos presos

A morte do jovem de 22 anos que furtou o Hipermercado Muffato, no bairro Portão, em Curitiba, teve a participação de dois funcionários do estabelecimento, um segurança terceirizado e um motoboy que passava pelo local. A informação foi dada na manhã desta segunda-feira (23), durante entrevista coletiva, pelo delegado Thiago Filgueiras, da Delegacia de Homicídios de Maior Complexidade (DHMC).

“Quinta-feira a equipe foi acionada até o local no bairro Portão. Uma testemunha relatou que viu três rapazes carregando um corpo e aquele fato chamou a atenção. Com as filmagens, fizemos a investigação e identificamos que dois dos suspeitos eram de um mercado e outro de uma empresa de segurança. Conseguimos prender os dois suspeitos e chegou a informação de que o rapaz tinha furtado alguns itens, de pequeno valor, perseguido por funcionários e abordado do lado de fora do hipermercado. Eles pediram ajuda de um motoboy, que parou, e começaram as agressões. O motoboy também foi preso”, disse.

Segundo as investigações, um quarto suspeito, também funcionário do hipermercado, não foi localizado. Ele teria dado o mata-leão vítima.

Ainda de acordo com Filgueira, o furto foi de produtos com baixo valor, como chocolate e chicletes. Agora, os suspeitos responderam por homicídio, um crime grave, mostrando o erro de se fazer justiça com as próprias mãos.

“Muito importante trazer a população que quando um crime é praticado, não realize justiça com as próprias mãos. Acione os órgãos competentes para comparecerem no local. Essa situação pode transformar um crime pequeno em uma tragédia muito grande. A ocorrência pequena se transformou em um homicídio. Se condenados, os envolvidos podem pegar mais de 20 anos de prisão”, concluiu.

Jovem identificado

O jovem que morreu após furtar o Hipermercado Muffato, no bairro Portão, em Curitiba, foi identificado como Rodrigo da Silva Boschen, 22 anos. Natural de Curitiba, ele trabalhava em uma multinacional e não tinha passagens pela polícia, constam apenas abordagens com posse de drogas. Saiba mais clicando aqui.

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