Um libanês de 49 anos matou a mulher, dois enteados e ainda feriu a sogra na quinta-feira, 11, durante uma chacina cometida na casa da família em Joinville, município de Santa Catarina. Ele cometeu suicídio em seguida. O caso ainda segue sob investigação por meio da Polícia Civil do Estado para esclarecimento de todos os fatos.

Segundo o delegado regional de Joinville, Rafaello Ross, após o atendimento no local pela Polícia Civil e pela Polícia Científica, foi verificado, por meio de uma dinâmica preliminar, que o autor do episódio durante a madrugada teve uma discussão com a sua companheira.

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“Passou a efetuar disparos de arma de fogo não apenas contra a sua companheira, mas seguiu em uma conduta criminosa acertando vários disparos na sua enteada de 11 anos, que estava em outro cômodo da casa. Na sequência, acabou alvejando seu enteado, um adolescente de 15 anos de idade. E na sequência sua sogra acabou também sendo alvejada com vários disparos de arma de fogo. Em seguida, o suspeito acabou praticando suicídio no local”, disse o delegado.

Conforme ele, a Polícia Militar atendeu a ocorrência registrada na manhã de quinta-feira. Em um dos comodos, encontrou a sogra do autor do crime, de 65 anos, apresentando sinais vitais. “De imediato foi acionado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e ela foi encaminhada ao pronto atendimento do Hospital São José, em Joinville, onde passou por cirurgia”, afirmou Ross.

O Hospital Municipal São José informa que a sogra do autor do crime permanece internada e o estado de saúde é considerado grave.

Motivação do crime

De acordo com levantamento preliminar, o delegado afirma que o autor do crime já apresentava histórico agressivo em ambiente doméstico familiar relacionado à família anterior. “Inclusive com medidas protetivas de urgência decretadas pelo Policial Judiciário em favor da filha desse autor do casamento anterior”, afirmou ele.

Esses fatos somados aos relatos iniciais dos vizinhos, do próprio irmão do autor do crime, que foi ouvido no local, indicam que o crime foi passional, familiar, impulsionado por uma discussão durante a madrugada que acabou culminando nessa tragédia em Joinville.

A Polícia Civil vai realizar novas diligências de oitivas testemunhais das pessoas que ouviram a discussão e os disparos de arma de fogo, assim como relato dos policiais que atenderam a ocorrência. “Para entender todo o contexto e a dinâmica desses fatos, aliado aos laudos policiais da Polícia Científica que tem por finalidade esclarecer toda a dinâmica dessa tragédia”, reforçou o delegado.