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CEO de criadora de foguete sul-coreano que explodiu em Alcântara pede desculpas por falha

Em carta enviada aos acionistas da Innospace, Soo-jong disse que lamentava transmitir resultados que não atenderam às expectativas daqueles que apoiaram a missão
Foto: Reprodução/Innospace
Em carta enviada aos acionistas da Innospace, Soo-jong disse que lamentava transmitir resultados que não atenderam às expectativas daqueles que apoiaram a missão

Estadão Conteúdo

23/12/25
às
12:48

- Atualizado há 13 segundos

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Kim Soo-jong, CEO da Innospace, empresa sul-coreana responsável pelo lançamento do primeiro foguete comercial a partir do Brasil, lamentou nesta terça-feira, 23, uma anomalia que fez com que o foguete colidisse com o solo pouco após a decolagem na Base Espacial de Alcântara, no Maranhão.

Em carta enviada aos acionistas da Innospace, Soo-jong disse que lamentava transmitir resultados que não atenderam às expectativas daqueles que apoiaram a missão. “Ainda assim, agradecemos profundamente a confiança e a sinceridade enviadas durante este processo desafiador e implacável”, afirmou.

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Segundo o CEO, o HANBIT-Nano decolou normalmente e iniciou a trajetória de voo planejada. “No entanto, aproximadamente 30 segundos após o lançamento, ocorreu uma anomalia na aeronave por motivo desconhecido, fazendo com que o veículo de lançamento caísse dentro da área de segurança terrestre previamente definida”, explicou.

Soo-jong disse que não houve danos a pessoas ou instalações terrestres e que todos os procedimentos e controles para garantir a segurança do lançamento foram realizados conforme os padrões internacionais de instituições competentes, incluindo a Força Aérea Brasileira (FAB).

O HANBIT-Nano foi lançado às 22h13 (no horário de Brasília) desta segunda-feira, 22, do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). A FAB informou que, pouco após a decolagem, o foguete sofreu uma anomalia, teve o voo interrompido e colidiu com o solo.

O lançamento era transmitido ao vivo pela Innospace, que cortou o sinal logo após a decolagem. No lugar das imagens do foguete, a empresa exibiu a mensagem: “Nós experimentamos uma anomalia durante o voo”. Antes da interrupção, no entanto, foram vistas imagens que indicavam uma possível explosão.

De acordo com Soo-jong, a Innospace está analisando os dados de voo, rastreamento e monitoramento em cooperação com as autoridades competentes, além de conduzir revisão técnica para entender o que levou à falha.

“Neste estágio, estamos nos concentrando em verificar objetivamente os fenômenos observados no ambiente de voo real, em vez de tirar conclusões sobre uma causa específica. Os resultados da análise serão compartilhados de forma transparente assim que organizados”, afirmou.

O CEO acrescentou que, apesar da falha, os dados de voo, propulsão e operação, que só podem ser obtidos em ambiente real de voo, foram coletados com sucesso. “Esses dados são ativos-chave que podem ser usados diretamente para aprimorar o design, a operação, a estabilidade e a confiabilidade de futuros veículos de lançamento, em áreas que são difíceis de verificar apenas com testes terrestres ou simulações”, disse.

Segundo Soo-jong, os dados e resultados desta análise serão utilizados no próximo lançamento, previsto para o 1º semestre de 2026. “Esta experiência, como exemplos de principais empresas globais de foguetes que aumentaram o nível de maturidade tecnológica durante os estágios iniciais de lançamentos comerciais reais, fornecerá uma base importante para aumentar a probabilidade de sucesso de futuras decolagens”, afirmou.

A FAB informou que equipes da Aeronáutica e do Corpo de Bombeiros do CLA foram enviadas ao local para analisar os destroços e a área da colisão. “Todas as ações sob responsabilidade da FAB para coordenação da operação, que envolvem segurança, rastreio e coleta de dados foram cumpridas exatamente conforme planejado, garantindo um lançamento controlado e dentro dos parâmetros internacionais do setor espacial”, disse.

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