- Atualizado há 9 horas
De lar temporário a membro da família. Foi assim que o cãozinho Nego Chow conquistou seu espaço na casa e na vida de Maria Luísa Boldrin Freitas. Ao ver a foto do animal em uma feira de adoção do Centro de Medicina Veterinária do Coletivo (CMVC) da Universidade Federal do Paraná, a gastrônoma se encantou. Já no primeiro encontro, ela e o namorado decidiram levá-lo para casa, a princípio, como lar temporário.
Com cerca de 12 anos, Nego Chow é um dos mais de 1.200 animais resgatados na missão realizada durante as enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul em 2024, sob coordenação do Centro da UFPR. Na época, o cão estava debilitado e precisava de tratamento de saúde.
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O suporte oferecido pelo Centro foi decisivo para que a família de Maria Luísa se sentisse segura. Os animais adotados no CMVC contam com uma assistência veterinária permanente, que funciona como um plano de saúde. Foi esse apoio que garantiu a Nego Chow todos os cuidados que ele precisava.
“O que nos incentivou a ficar com ele foi o apoio que recebemos do CMVC. Nego Chow tinha problemas no baço e uma fratura antiga na pata. Os profissionais estavam disponíveis para orientações, fizeram atendimentos, exames e a cirurgia”, relata Maria Luísa.
A adaptação à nova família foi tão boa que a decisão de tornar o lar temporário em definitivo foi natural. “Ele é um cachorro muito amigável e nos surpreendeu ao aprender vários truques, como dar a pata e sentar. Achávamos que, pela idade, ele não aprenderia mais. É um cão que transborda amor e gratidão em cada olhar, em cada gesto de carinho”, descreve a tutora.
O destino de Nego Chow se repetiu com Oswaldo, também resgatado no Rio Grande do Sul. Agora, em terras paranaenses, foi batizado de Luís Otávio.
O empresário Giovani De Pasquali Alves e a esposa começaram a procurar um animal para adoção quando se mudaram para Curitiba. “Entrei em contato com o Centro de Medicina Veterinária e, na hora que recebemos a foto do Luís, já sabíamos que era nosso. Adotamos porque o amamos”, ressalta.
O suporte pós-adoção também foi um diferencial. Além da assistência veterinária, o cão teve um mês de acompanhamento com uma adestradora para facilitar a adaptação. “Animais resgatados precisam de cuidado e carinho, e esse apoio faz toda a diferença”, conclui o tutor.
Clínica social: cuidado acessível para a comunidade
Além do trabalho com resgates e adoções, o CMVC da UFPR atua como uma Clínica Veterinária Social, prestando um serviço essencial à comunidade de Curitiba e região.
Tutores inscritos em programas sociais, como Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC), entre outros podem agendar consultas gratuitas por meio de mensagens via whatsapp (41) 9 9267-7406.
Famílias que não possuem benefícios sociais podem solicitar uma triagem social com a equipe de assistência social e psicologia pelo mesmo contato.
O Centro MVC está localizado em Curitiba, na Rua dos Funcionários, 1540, bairro Cabral, em Curitiba e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
Três anos do Centro MVC-UFPR
Com sede no Setor de Ciências Agrárias da UFPR, o Centro promove a saúde de indivíduos, famílias e comunidades e seus animais, por meio de projetos extensionistas que atendam as demandas sociais, oportunizando a equidade nos cuidados veterinários.
Ao longo de três anos de atuação, o Centro se consolidou como um espaço de formação cidadã, prática extensionista e transformação social, oferecendo cuidado integral aos animais e suas famílias por meio de atendimentos clínicos e cirúrgicos, desenvolvimento de projetos sob a estratégia de Uma Só Saúde, educação em bem-estar animal, combate à fome, apoio a tutores em vulnerabilidade e atuação em desastres naturais (abrigamentos emergenciais).
Somente em 2024, o Centro realizou mais de 1.500 castrações, 360 atendimentos clínicos a animais de tutores em situação de vulnerabilidade e 34 procedimentos cirúrgicos.
Conheça mais sobre o trabalho realizado pelo Centro MVC aqui.
*Com informações da UFPR