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Casos de queimaduras aumentam em períodos de festas juninas e brincadeiras exigem atenção redobrada

Médica destaca os fatores de risco, os tipos mais comuns de lesões e esclarece as medidas corretas de primeiros socorros
Foto: Divulgação
Médica destaca os fatores de risco, os tipos mais comuns de lesões e esclarece as medidas corretas de primeiros socorros

Por Assessoria

18/06/25
às
16:16

- Atualizado há 13 horas

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Com a chegada das festas juninas, a combinação entre fogueiras, fogos de artifício e brincadeiras típicas, somada ao uso inadequado de substâncias inflamáveis, transforma o período de celebrações em uma época de risco. De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de um milhão de queimaduras ocorrem anualmente no Brasil e, segundo a médica dermatologista do Pilar Hospital, Carolina Labigalini Sampaio, em junho os casos tendem a aumentar.

A especialista explica que os tipos mais comuns são as queimaduras por contato direto com fogueiras, fogos de artifício, balões, estalinhos e até alimentos quentes. Ao mesmo tempo, devido ao manuseio de líquidos inflamáveis para o acendimento de fogueiras, muitas ocorrências envolvem também explosões com álcool ou combustível.

Independentemente do fator de causa, os acidentes geram lesões que variam em gravidade de acordo com a profundidade e a extensão da queimadura. “As de primeiro grau atingem apenas a camada superficial da pele, causando dor e ardência, mas são mais leves e não costumam deixar cicatriz. As de segundo grau afetam camadas mais profundas, provocando bolhas, dor intensa e inchaço. Essas podem evoluir para infecções e deixar cicatriz”, afirma.

Já as de terceiro grau, são mais graves e atingem todas as camadas da pele e estruturas como músculos e nervos. No entanto, a dermatologista ressalta que, nesses casos, a dor não costuma ser intensa devido ao dano nos nervos, enquanto os riscos de complicações mais sérias aumentam, como infecções, desidratação, perda de função local e deformidades.

Os riscos de brincadeiras com fogo
Entre os fatores de risco mais comuns estão a proximidade excessiva com as fogueiras, o uso de combustíveis para acendê-las, a manipulação de fogos de artifício – principalmente por menores de idade – e a realização de danças e brincadeiras próximas ao fogo sem nenhum tipo de proteção. Além disso, o consumo de bebidas alcoólicas pode reduzir a percepção de perigo e também é considerado um agravante.

De acordo com Diogo Peixoto, médico responsável pelo serviço de tratamento de queimados do Pilar Hospital, as queimaduras mais comuns durante o período afetam os membros superiores, como mãos e braços, além do rosto e tronco. Entre as principais vítimas, ele destaca homens com idades entre 15 e 50 anos.

Por isso, os cuidados devem ser redobrados nas datas comemorativas e, em caso de queimaduras, o recomendado é que a população adote medidas imediatas de primeiros socorros. “Imediatamente, coloque a área queimada sob água corrente fria (não gelada) por cerca de 10 minutos. Isso ajuda a reduzir a temperatura da pele e a aliviar a dor. Se não for possível usar água corrente, aplique compressas frias e úmidas sobre a queimadura. Não aplique manteiga, creme dental, pó de café ou qualquer outra substância caseira sobre a queimadura. Essas práticas não são eficazes e podem agravar a lesão”, indica.

Casos que envolvam queimaduras extensas – especialmente em crianças e idosos – bolhas, dor intensa, escurecimento da pele, acometimento de áreas como rosto, mãos, pés, genitais e articulações, ou que evoluam com sinais de infecção devem ser avaliados com urgência por profissionais de saúde.

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