Jean Machado Ribas, o marido que manteve a esposa em cárcere privado por 5 anos, em Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba, está foragido da Justiça. Ele foi detido no dia 14 de março e solto após a audiência de custódia no dia 16 de março. Após isso um mandado de prisão foi expedido, mas ainda não foi localizado.

O caso ganhou repercussão após a mulher deixar um bilhete pedindo por socorro e um posto de combustíveis em Itaperuçu. Em depoimento, após ser preso porcárcere privado e causar dano emocional a mulher, o suspeito afirmou ao delegado Cassiano Aufiero não se lembrar da última vez que agrediu a vítima.

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Quando questionado para apresentar a própria versão começa com a seguinte fala: “não é tudo isso que ela falou”.

• Delegado Cassiano Aufiero: chegou a agredir ela segunda-feira?
• Jean Ribas: não
• Delegado Cassiano Aufiero: qual foi a última vez que agrediu ela?
• Jean Ribas: eu não lembro, pra falar a verdade, eu não lembro nenhum dia certo.
• Delegado Cassiano Aufiero: você chegou a amarrá-la alguma vez?
• Jean Ribas: amarrar, amarrar, amarrar, amarrar, não, deixar amarrada.

O suspeito chegou a ser preso, mas acabou liberado dois dias depois em audiência de custódia. Após isso, o Ministério Público voltou atrás e pediu a prisão dele, porém o suspeito não foi localizado. Com isso, a mulher dele está sob proteção e com medo de que seja encontrada pelo ex.

Casa vigiada

No imóvel da casa em que o casal morava há uma câmera de monitoramento, que era usada pelo suspeito para acompanhar cada passo da esposa. Quando pessoas apareciam no local, a câmera as indicava com retângulos ele recebiu uma notificação.

Em áudios gravados pela vítima, são horas de provas da violência contra a mulher. O último áudio. no dia 28 de fevereiro, capta o momento da discussão entre o casal dentro de um carro, desencadeada por Jean após acusar a mulher de olhar para outro homem na rua. “Eu pego você e te mato na frente da casa da vó. Faça o escândalo”, ameaça o homem. A mulher revida a ameaça e diz que também o mataria.

Caso do bilhete

Para pedir socorro, primeiro a vítima escreveu um bilhete e deixou em um posto de combustíveis: “Me ajude. Moro no Taquaral, município de Itaperuçu, sofro muita violência em casa”. A Polícia Militar informou que não conseguiu localizar o endereço. Depois do bilhete, a mulher enviou um e-mail até a Casa da Mulher Brasileira, o que levou os policiais até a região rural de Itaperuçu, onde aconteceu a prisão em flagrante no dia 14 de março. Mas o acusado não ficou preso após a audiência de custódia e agora está foragido.

Com informações da Catve.com.