Menos de um mês depois de renunciar à defesa de Edison Brittes, acusado pela morte do jogador Daniel, o advogado criminalista Claudio Dalledone Junior decidiu, nesta terça-feira (28), não representar mais a esposa e filha do réu, Cristiana e Allana Brittes. Edison confessou ter agredido e matado o atleta em 2018, após a festa de aniversário da filha.

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O Portal Nosso Dia procurou o advogado, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Cristiana e Allana Brittes respondem aos processos em liberdade desde 2019 e aguardam julgamento. A primeira é acusada pelo Ministério Público de fraude processual, corrupção de menores e coação. Ambas negam ter envolvimento no assassinato de Daniel Corrêa.

O advogado criminalista Claudio Dalledone Junior – Foto: Reprodução/Instagram

“Quando a defesa técnica se choca com a autodefesa, a obrigação do advogado é renunciar à causa, conforme preza o código de ética da OAB [Ordem dos Advogados do Brasil]. Portanto, nesta quarta-feira [2 de março de 2023], Cláudio Dalledone juntou ao processo a carta de renúncia", dizia a nota do escritório do advogado sobre a decisão de deixar a defesa de Edison Brittes.

Caso Daniel

O ex-jogador do São Paulo Daniel Corrêa, de 24 anos, foi encontrado morto em um matagal no dia 27 de outubro de 2018, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Ele estava parcialmente decapitado e com o pênis decepado.

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O atleta teria viajado até Curitiba para comemorar o aniversário de 18 anos de Allana em uma casa noturna. Já na casa dela, Daniel teria enviado uma foto para um amigo em que aparecia deitado ao lado de Cristiana em uma cama.

O ex-jogador Daniel Corrêa e Cristiana Brittes – Foto: Reprodução

Quatro dias depois, Cristiana Brittes foi presa sob a suspeita de ter envolvimento no assassinato. No dia seguinte, o marido dela, Edison Brittes, e a filha, Allana, também foram presos pela polícia. Em depoimento, eles afirmaram que Daniel teria sido morto após uma tentativa de estupro contra Cristiana.

O crime citado, contudo, foi descartado após investigações da Polícia Civil. Além disso, outras três pessoas chegaram a ser presas suspeitas de participação no homicídio.

Edison Brittes confessou o crime e permanece preso.

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