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Cardápio de inverno dos animais do Zoológico de Curitiba tem até polenta com frango

Primatas em geral e o urso são os que mais aceitam as iguarias preparadas para enfrentar os dias frios
Com a chegada do inverno, há alteração na alimentação do Zoológico de Curitiba. Curitiba, 17/06/2025. Foto: Isabella Mayer/SECOM
Primatas em geral e o urso são os que mais aceitam as iguarias preparadas para enfrentar os dias frios

Redação*

17/06/25
às
11:08

- Atualizado há 9 horas

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O inverno começa oficialmente na sexta-feira (20/6), mas as baixas temperaturas já fizeram com que o cardápio do Zoológico Municipal de Curitiba fosse adaptado ao clima que vai predominar nos próximos meses. Poucos alimentos entram na dieta, explica Carlos Grubhofer, chefe de Nutrição do Zoo, mas mudam as quantidades, os procedimentos de cozimento, a proporção e alguns passam a ser aquecidos.

Mas há uma ou outra novidade, como o pinhão, que só está disponível nessa época do ano. Espigas de milho cozido também ganham espaço no cardápio das aves. E as castanhas são servidas em maior quantidade do que em outros períodos do ano.

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De acordo com Grubhofer, primatas em geral e o urso são os que mais aceitam as iguarias preparadas para enfrentar os dias frios. Eles comem pão quente com mel, bolinho assado de carne e até uma deliciosa polenta com frango.

“Para o inverno a gente aumenta a proporção de alimentos termogênicos para facilitar a produção de energia”, explica Grubhofer.

Com a chegada do inverno, há alteração na alimentação do Zoológico de Curitiba. Curitiba, 17/06/2025. Foto: Isabella Mayer/SECOM

No balanço final, esse é o objetivo dos animais, igual é o dos humanos: se aquecer. Principalmente para animais homeotérmicos (de sangue quente, como se diz), a energia calórica necessária para manutenção da temperatura corporal é conseguida pela queima dos alimentos. “Então, o processo de metabolismo, de queima desses alimentos, é o que produz essa energia”, completa o zootecnista.

Está explicado porque queremos comer mais ou comer alimentos mais calóricos quando está frio.

Mesa farta

Todos os dias, aproximadamente 1.700 quilos de alimentos são servidos aos cerca de 1.800 moradores do Zoo. Grubhofer conta que são em torno de 500 a 600 quilos de forrageiras; de 800 a 1.000 quilos de hortifrútis, rações e cereais; e mais ou menos uns 100 quilos de carnes, peixes, ovos e presas.

“É uma média. Temos planilhas variáveis também para não ter uma dieta muito monótona, afinal, os animais são bastante seletivos”, diz o chefe de Nutrição.

Com a chegada do inverno, há alteração na alimentação do Zoológico de Curitiba. Curitiba, 17/06/2025. Foto: Isabella Mayer/SECOM

E haja disposição para alimentar todos eles. Entre 8h30 e 15h30, todos os dias, as refeições saem da cozinha para os recintos. Missão para 48 funcionários do Zoo envolvidos nessa tarefa.

Os animais pequenos, explica o zootecnista, são os primeiros a serem alimentados porque têm menor capacidade de armazenamento corporal. E eles comem mais vezes. Segundo Grubhofer, alguns animais comem uma vez por dia, enquanto outros fazem quatro refeições.

Mesmo fazendo quatro refeições por dia, os pequenos animais comem um volume que não passa nem perto do que é ingerido pelos bons de garfo do Zoo. Grubhofer conta que o sagui, por exemplo, come menos de 100 gramas de alimentos por dia. Já o hipopótamo come, diariamente, mais de 50 quilos.

A dieta do sagui tem batata-doce, castanha, ração, papa de frutas, tenébrios (larva de besouro), manga, banana e suplementos. Já o hipopótamo come ração, cenoura, batata, escarola, abóbora, feno e capim.

O espaço

O Zoológico Municipal de Curitiba completou 43 anos em março deste ano. São cerca de 589 mil metros quadrados, com aproximadamente 165 recintos. Entre os animais, estão alguns de espécies nativas ameaçadas, inseridos em programas nacionais de conservação.

Mais de 70% dos animais vieram de situações de intervenção humana que impossibilitaram sua soltura na natureza (apreensões, tráfico, circos e maus-tratos). Hoje, alguns animais recebidos pelo Centro de Apoio à Fauna Silvestre também encontram abrigo e cuidado na unidade de conservação do Alto Boqueirão.

Nos últimos três anos, o Zoo passou pela maior obra de revitalização dos seus 43 anos de existência, com investimentos que ultrapassam os R$ 14 milhões e que resultaram na construção de novos recintos para animais e na repaginação geral do circuito de visitação. 

Serviço

Zoológico Municipal de Curitiba
Rua João Miqueletto, 1.500 – Alto Boqueirão
Horário: terça a domingo, das 10h às 16h
Entrada gratuita

*Com informações da Prefeitura de Curitiba

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