- Atualizado há 2 anos
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As câmeras corporais acopladas às fardas dos agentes da Guarda Municipal (GM) envolvidos na morte do adolescente Caio José Ferreira de Souza Lemes, de 17 anos, estavam desligadas durante a ocorrência. O estudante morreu baleado durante uma abordagem no sábado (25), na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).
De acordo com a Prefeitura de Curitiba, a corregedoria da corporação apura o porquê de os equipamentos estarem desligados naquele dia, uma vez que a orientação é que a câmera permaneça ligada do início ao fim da ocorrência.
A GM decidiu afastar os agentes na segunda-feira (27) e instaurou um processo administrativo para apurar o caso. “A Corregedoria da corporação informa que instaurou um procedimento administrativo para apurar a conduta dos agentes. Até que a investigação seja concluída, conforme regulamento interno, os envolvidos seguem afastados das atividades operacionais”, informou a administração municipal ao Portal Nosso Dia.
De acordo com o boletim de ocorrência ao qual a RPC TV (afiliada da Rede Globo no Paraná) teve acesso, os agentes afirmaram que foram abordados por um motorista que relatou suspeitar de pessoas que estariam traficando drogas na região. Ao se deslocarem até o endereço mencionado, os guardas teriam tentado abordar um grupo, e Caio teria fugido.
Durante perseguição, diz o documento, Caio tirou uma faca de 25 centímetros de um boné. Por se sentir ameaçado, o agente disparou contra o adolescente. O boletim aponta ainda que os guardas municipais encontraram maconha, celular e um cartão-transporte na calça de Caio.
Em nota enviada ao Portal Nosso Dia, a Polícia Civil informou que o caso é investigado pelo 11º Distrito Policial.
A família de Caio organizou um protesto para cobrar justiça no endereço onde ele foi morto, na rua Herondina de Freitas Ribeiro.
“Eu preciso saber o que houve com o meu filho, só isso que eu quero, porque tiraram a vida do meu filho, um garoto de 17 anos, que tinha uma vida inteira pela frente. Eu só quero saber como aconteceu, o que houve, eu só quero respostas, a minha vida está destruída”, disse o pai do adolescente, Claudio Lemes, à RPC TV.
O corpo dele foi sepultado neste domingo (26), em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.