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Câmara de Curitiba faz um minuto de silêncio por policiais mortos do Rio; vereadora do PT critica ação policial

Única voz crítica à operação policial, a vereadora Vanda de Assis (PT) classificou a ação como “a mais letal da história do Rio de Janeiro”
Operação no Rio (Foto: Reprodução Redes sociais)
Única voz crítica à operação policial, a vereadora Vanda de Assis (PT) classificou a ação como “a mais letal da história do Rio de Janeiro”

Redação*

30/10/25
às
8:20

- Atualizado há 2 segundos

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A partir do minuto de silêncio em homenagem aos quatro policiais mortos na operação mais letal da história do Rio de Janeiro, os vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) repercutiram nesta quarta-feira (29) os desdobramentos da ação que deixou 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha. O governo fluminense confirmou que, entre as vítimas, estão quatro agentes de segurança e 117 suspeitos, em uma ofensiva contra o Comando Vermelho. O pedido de homenagem foi feito pelo vereador Renan Ceschin (Pode), que afirmou se tratar de “policiais que estavam defendendo a população de bem no Estado do Rio de Janeiro”. Única voz crítica à operação policial, a vereadora Vanda de Assis (PT) classificou a ação como “a mais letal da história do Rio de Janeiro” e afirmou que “nenhuma ação que termine com a vida de mais de 120 pessoas deve ser comemorada”. (leia mais abaixo)

Vereadores destacam enfrentamento ao crime organizado

A vereadora Indiara Barbosa (Novo) comparou as imagens da operação a um “cenário de guerra”, afirmando que a situação “mostra quanto o crime organizado está dominando territórios inteiros no nosso país”. Ela defendeu que o Governo Federal assuma responsabilidade no combate às facções e criticou a decisão do STF que restringe ações policiais em comunidades. “Esses policiais são heróis. O Estado precisa retomar o controle desses territórios”, disse.

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A vereadora Delegada Tathiana Guzella (União) apresentou um vídeo com imagens da operação e relatou que o Comando Vermelho está presente também no Paraná, aliado a outras facções criminosas. “Embora seja a operação mais letal da história do Rio de Janeiro, também é a que mais eliminou traficantes. Eles reagiram com drones, bombas e fuzis”, disse a parlamentar, que se somou ao pedido de minuto de silêncio em plenário pelos quatro policiais mortos.

O vereador João Bettega (União) destacou o risco da expansão do narcotráfico e afirmou que “o Brasil está virando praticamente um narco-Estado”, citando que o crime organizado já teria influência em atividades econômicas legais. “A facção vai entrando nas entranhas da sociedade e atrapalha o cidadão de bem que só quer sobreviver”, declarou.

No mesmo sentido, o vereador Eder Borges (PL) afirmou que “o Brasil já é um narcoestado” e associou a origem da criminalidade urbana ao ex-governador Leonel Brizola. “Foi ele quem favoreceu o crime organizado, e o resultado está aí. Essas facções são organizações terroristas”, disse. O parlamentar também elogiou o modelo de combate adotado por Nayib Bukele, presidente de El Salvador, e defendeu políticas mais rígidas no Brasil.

O vereador Guilherme Kilter (Novo) rebateu as críticas à operação e disse que o “dia de luto é pelos quatro policiais que morreram no morro combatendo o crime”. Segundo ele, “de resto, só morreu vagabundo, e o Rio de Janeiro é um lugar muito mais seguro a partir de hoje”.

Na mesma linha, o vereador Bruno Secco (PMB) parabenizou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, “pela coragem de enfrentar a criminalidade mesmo sem apoio do Governo Federal”, e criticou a ONU, que manifestou preocupação com o número de mortos. “Essa guerra civil que estamos vivendo no Brasil não é compreendida por quem está fora do país”, afirmou.

Vanda de Assis critica ação e pede responsabilização

Única voz crítica à operação policial, a vereadora Vanda de Assis (PT) classificou a ação como “a mais letal da história do Rio de Janeiro” e afirmou que “nenhuma ação que termine com a vida de mais de 120 pessoas deve ser comemorada”. Para ela, o governo do RJ “agiu sem planejamento, sem inteligência e sem alinhamento com as forças federais”.

“Essa operação foi desastrosa do início ao fim. Foram mais mortos do que fuzis apreendidos. Isso não é segurança, é carnificina”, afirmou a parlamentar. Vanda também criticou o uso político da tragédia. “O governador tenta fazer palanque em cima de corpos. O combate ao crime organizado precisa de inteligência, não de espetáculo de horror.” A vereadora defendeu a aprovação da PEC da Segurança Pública, ressaltando que “a guerra não se vence com blindados, mas com articulação e políticas integradas”.

O plenário encerrou a sessão com um instante de silêncio em memória dos policiais Cleiton Serafim Gonçalves e Heber Carvalho da Fonseca, do BOPE, e Marcus Vinicius Cardoso de Carvalho e Rodrigo Velloso Cabral, da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

*Com informações da Câmara de Curitiba

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