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Calor recorde pressiona sistema de água e provoca instabilidade no abastecimento em Curitiba e RMC; Sanepar realiza obras

Alta demanda, temperaturas acima dos 32 °C e baixa vazão do Rio Miringuava levaram a Sanepar a realizar manobras operacionais
Foto: Sanepar
Alta demanda, temperaturas acima dos 32 °C e baixa vazão do Rio Miringuava levaram a Sanepar a realizar manobras operacionais

Redação Nosso Dia

25/12/25
às
14:19

- Atualizado há 26 segundos

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A onda de calor que atinge Curitiba e a Região Metropolitana nas últimas semanas provocou aumento expressivo no consumo de água e pressionou o sistema de abastecimento. Diante do cenário, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) realizou manobras operacionais no Sistema Integrado de Abastecimento de Curitiba e Região Metropolitana (SAIC), concluídas às 17h de quarta-feira (24). A retomada do fornecimento ocorreu de forma gradual ao longo da noite e da madrugada.

Segundo a Sanepar, em situações de alta demanda, a normalização do abastecimento ocorre primeiro nas áreas centrais, avançando depois para regiões mais altas e pontas de rede. Por isso, bairros como Xaxim, Butiatuvinha e Santa Quitéria ainda podem registrar oscilações pontuais de pressão, consideradas normais durante o processo de reequilíbrio do sistema.

Para garantir a continuidade do atendimento, a companhia manteve caminhões-pipa em operação em pontos estratégicos, reforçando o abastecimento em trechos específicos e assegurando o fornecimento a hospitais e demais serviços essenciais.

Temperaturas extremas e estiagem agravam o cenário

Na quarta-feira (24), Curitiba registrou a maior temperatura do ano: 32,3 °C, conforme dados do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). O calor intenso, combinado com a falta de chuvas, reduziu a vazão do Rio Miringuava, impactando diretamente a capacidade de captação de água.

“A semana do Natal, que já costuma ter consumo elevado, coincidiu com temperaturas muito altas, ampliando ainda mais a demanda. Além disso, a falta de chuva reduziu significativamente o fluxo do Rio Miringuava. A captação, que normalmente é de 1.200 litros por segundo, caiu para cerca de 600 litros por segundo”, explicou o gerente-geral da Sanepar para Curitiba, Região Metropolitana e Litoral, Fábio Basso.

Barragem do Miringuava deve reforçar segurança hídrica

Como solução estrutural para ampliar a segurança hídrica da capital e da Região Metropolitana, a Sanepar avança na conclusão da Barragem do Miringuava, em São José dos Pinhais. A obra, no entanto, sofreu atraso de aproximadamente dois anos devido à demora na liberação de licenças ambientais pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“Todas as obras sob responsabilidade da Sanepar foram concluídas. A infraestrutura de reservação, tratamento e distribuição está pronta, mas não foi possível iniciar a operação antes por causa do atraso nas liberações”, afirmou Basso.

A próxima etapa será o enchimento do reservatório, previsto para os próximos dias. O processo será realizado em fases e dependerá do regime de chuvas, com estimativa mínima de nove meses para o enchimento completo.

Com capacidade para armazenar até 38,2 bilhões de litros de água, a Barragem do Miringuava será a quinta reserva estratégica do sistema e poderá atender, sozinha, cerca de 650 mil pessoas.

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