
- Atualizado há 7 meses
O maior conjunto de quedas d’água do planeta está diferente. As imponentes Cataratas do Iguaçu, com suas 275 quedas espalhadas entre o Brasil e a Argentina, exibem agora um cenário atípico: pedras à mostra nos paredões e um volume de água 70% abaixo do normal. Ainda assim, quem visita o parque pela primeira vez se encanta com a grandiosidade da paisagem e a força da natureza, mesmo reduzida.
“É uma experiência muito emocionante estar em contato com a natureza, honestamente um dos lugares mais bonitos que visitei”, afirma a turista da Bahia, Marciele Andrade.
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Em janeiro de 2025, auge do período chuvoso, a força das águas impressionava: a vazão alcançava cerca de 2 milhões de litros por segundo, envolvendo os visitantes em neblina e estrondo. Agora, em pleno mês de maio, a situação é bem diferente. A vazão atual é de apenas 446 mil litros por segundo — menos de um terço da média considerada normal, que gira em torno de 1,5 milhão de litros por segundo.
A queda no volume das águas está diretamente relacionada à estiagem que atinge o estado do Paraná. Para que as quedas retomem seu esplendor, é preciso que volte a chover de forma consistente na região de Curitiba, onde nascem os principais afluentes do Rio Iguaçu. Sem chuvas na capital paranaense, o impacto se propaga por todo o curso do rio até a fronteira com a Argentina.
Outro fator que contribui para o cenário atual são as barragens ao longo do Rio Iguaçu, que continuam operando com comportas fechadas. A medida visa preservar os reservatórios em tempos de estiagem, mas reduz significativamente o fluxo de água que chega a Foz do Iguaçu.
Mesmo diante da seca, o Parque Nacional do Iguaçu continua sendo um dos destinos turísticos mais procurados do Brasil, e o fenômeno da baixa vazão também desperta a curiosidade de visitantes e pesquisadores, que acompanham de perto as transformações do rio e os efeitos das mudanças climáticas na região.
