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Cachorro de tutor que se recusava a ser levado por ambulância do Samu é acolhido em Curitiba

A equipe foi acionada pela Central 156 para atender a um homem que estava caído na Rua Pedro Américo, no Capão Raso
FAS acolhe cachorro de tutor que se recusava a ser levado pela ambulância do Samu sem a presença do seu amigo fiel. Foto: Divulgação
A equipe foi acionada pela Central 156 para atender a um homem que estava caído na Rua Pedro Américo, no Capão Raso

Redação*

13/01/25
às
18:15

- Atualizado há 10 horas

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Acostumada com a amizade que existe entre pessoas em situação de rua e seus animais de estimação, a equipe de abordagem social da Fundação de Ação Social (FAS) fez um atendimento que chamou a atenção de quem passava pelo local, na manhã desta segunda-feira (13/1).

A equipe foi acionada pela Central 156 para atender a um homem que estava caído na Rua Pedro Américo, no Capão Raso. Ao chegar ao local, os educadores sociais encontraram a pessoa sendo atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

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Conhecido pela FAS, C.M.J., 60 anos, estava com ferimentos na cabeça e no braço. Ao lado dele, Tico, um cachorro sem raça definida que há 11 anos é seu companheiro inseparável, demonstrava preocupação durante todo o atendimento.

Mesmo machucado, o homem se recusava a ser levado pela ambulância sem a presença de seu fiel amigo. Como a equipe da Samu não tem autorização para transportar animais nas ambulâncias, a FAS ficou responsável pelo atendimento a Tico.

Enquanto C.M.J. foi encaminhado para o Hospital do Trabalhador, o cachorro foi transportado em uma caixa para pets, disponível nos veículos de abordagem social da FAS, e encaminhado para a Praça Solidariedade, no Jardim Botânico. No local, que abriga a Casa de Passagem Padre Pio e o Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (Centro Pop) Solidariedade, existem canis destinados aos animais das pessoas atendidas.

Logo que chegou ao canil, Tico recebeu água e ração. Ele ficará no local até que seu tutor receba alta hospitalar. A equipe de abordagem do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Pinheirinho ficará responsável por levar C.M.J. para reencontrar o amigo. Caso aceite atendimento, o homem poderá ser acolhido e receber os atendimentos necessários de acordo com suas necessidades.

Abordagem humanizada

Desde 2019, todos os veículos de abordagem social da FAS são equipados com caixas de transporte de animais, de pequeno e médio portes. O presidente da FAS, Renan de Oliveira Rodrigues, explica que a medida foi adotada justamente para atender às pessoas em situação de rua que se negavam a seguir com as equipes de abordagem para os acolhimentos por não terem onde deixar seus pets.

“Todo o nosso trabalho é focado em ajudar essas pessoas a construírem novos projetos de vida. Quando elas têm animais também ofertamos atendimento para que se sintam confortáveis em permanecerem nos abrigos sendo acompanhadas pelas equipes”, diz.

Proteção Animal

Os animais de pessoas em situação de rua também recebem cuidados especiais da Secretaria Municipal do Meio Ambiente que por meio da Rede de Proteção Animal oferece atendimento veterinário para aplicação de vermífugo, vacinas, castração e até microchipagem.  

*Com informações da SMCS

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