Em dia de medalha inédita no tiro esportivo e recorde mundial, Brasil chega a marca histórica no megaevento
O Brasil conquistou neste domingo, 1º, a sua 400ª medalha na história dos Jogos Paralímpicos. Ela veio com André Rocha, que ganhou o bronze no lançamento de disco da classe F52 (atletas que competem sentados) com a marca de 19,48m. Agora com 27 medalhas (oito ouros, quatro pratas e 15 bronzes), o país é o quarto colocado no quadro de medalhas, atrás de China, Grã-Bretanha e Estados Unidos.
No quarto dia de provas em Paris, os brasileiros subiram ao pódio quatro vezes: foram duas medalhas de bronze na natação, com a carioca Lídia Cruz e com o revezamento 4×100m livre S14 (atletas com deficiência intelectual); uma de prata no tiro esportivo, com o paulista Alexandre Galgani; e um bronze do também paulista André Rocha no atletismo.
Atletismo
- O Brasil conquistou uma medalha de bronze no terceiro dia da modalidade em Paris 2024 – justamente a de número 400 do país na história do megaevento.
- O paulista André Rocha, 47, conquistou a medalha de bronze no lançamento de disco da classe F52 (atletas que competem sentados) com a marca de 19,48m.
- Além da medalha, o Brasil conseguiu duas classificações para finais, uma delas com o paranaense Vinícius Rodrigues, que avançou nos 100m da classe T63 (amputados de membros inferiores com prótese) com o tempo de 12s24, sua melhor marca na temporada.
- Já o paraense Alan Fonteles garantiu sua vaga na decisão dos 100m T64 (amputados de membros inferiores com prótese) com o tempo de 11s22.
Natação
- Na natação, que já chega ao quarto dia de provas, o Brasil conquistou duas medalhas de bronze
- O revezamento do Brasil ganhou a medalha de bronze nos 4×100m livre S14 (atletas com deficiência intelectual) e fez o novo recorde das Américas com o tempo de 3min47s49.
- Nos 150m medley SM4 (atletas com limitações físico-motoras), a carioca Lídia Cruz ganhou a medalha de bronze com o tempo de 2min57s16, o novo recorde das Américas.
- O mineiro Gabrielzinho bateu duas vezes seu próprio recorde mundial (uma vez nas eliminatórias e uma vez na prova) nos 150m medley da classe SM2 (limitação físico-motora), com o tempo de 3min14s02. Ele terminou com o 4º lugar na prova, que é multiclasses (SM1, SM2 e SM3). Ou seja, ele também competiu com nadadores com menor grau de comprometimento físico-motor.
Tiro esportivo
- A quarta medalha do dia para brasileiros veio no tiro esportivo – e foi a primeira na história da modalidade em Jogos Paralímpicos.
- O paulista Alexandre Galgani conquistou a prata na prova R5 Carabina de Ar – 10m – Posição Deitado Misto SH2 (atiradores que precisam de suporte para a arma), na qual ele marcou 254,2 pontos. O ouro ficou com Tanguy de la Forest (255,4 pontos), da França, e o bronze foi para Mika Mizuta (232,1 pontos), do Japão.
Futebol de cegos
- O Brasil estreou com vitória por 3 a 0 sobre a Turquia pelo grupo A do futebol de cegos, na Arena da Torre Eiffel, neste domingo, 1º, em Paris. Nonato marcou duas vezes de pênalti e Jefinho fechou o placar.
Badminton
- O paranaense Vitor Tavares, da classe SH6, foi derrotado pelo francês Charles Noakes na semifinal, e agora vai disputar o terceiro lugar. Nesta segunda-feira, 2, ele enfrenta Chu Man Kai, de Hong Kong, em jogo que vale a medalha de bronze.
Goalball
- As Seleções Brasileiras, que folgaram na rodada deste domingo, conheceram seus adversários nas quartas de final do torneio de goalball dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
- O time masculino vai enfrentar o Egito, nesta segunda, 2, às 8h15 (de Brasília).
- Já a equipe feminina entra em quadra na terça-feira, 3, às 13h, para reencontrar o Japão, seu algoz na disputa do bronze em Tóquio 2020.
Mais resultados
- A Seleção Brasileira masculina de vôlei sentado foi superada pelo Irã por 3 sets a 0 (25/12, 25/13 e 25/19). O jogo foi válido pela fase de grupos.
- No remo, a paulista Cláudia dos Santos terminou a final A do single feminino PR1 na sexta colocação, com o tempo de 12min12s86.
- Também no remo, na classe Mix2x PR3, a dupla Diana Barcelos e Jairo Klug, terminou na quinta colocação da final A, com o tempo de 7min45s02.
A delegação brasileira
Esta é a maior missão brasileira em uma edição do megaevento fora do Brasil, superando os 259 convocados de Tóquio 2020, que também havia sido à época a missão com mais atletas em terras estrangeiras. O número só não supera o registrado nos Jogos do Rio 2016, quando o Brasil contou com 278 atletas com deficiência. Naquela edição, o Brasil participou de todas as 22 modalidades por ser o país-sede da competição.
*Com informações do CPB