A ministra da Secretaria de Relações Institucionais do Governo Lula, Gleisi Hoffmann (PT), disse que o governo Jair Bolsonaro abriu as portas do INSS para as entidades que realizaram os desvios de recursos dos aposentados. A resposta foi ao questionamento do Portal Nosso Dia pelo fato da Câmara de Curitiba ter aprovado uma moção de protesto em que culpa o PT e o PDT pelo rombo milionário.

A fala da ministra foi feita na tarde desta sexta-feira (30), em Curitiba, durante o lançamento de um novo programa para acelerar o atendimento e aproximar a população dos médicos especialistas.

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“Essas entidades que mais desviaram foram credenciadas neste período de 2018 e 2019 e não prestam serviços. Quem abriu as portas para o ladrão entrar no INSS foi o governo Bolsonaro. Quem está fechando as portas é o governo Lula”, disse, para em seguida afirmar que o governo está fazendo os levantamentos das pessoas lesadas. “Hoje, começou o atendimento nas agências dos Correios”, lembrou.

Em seguida, Gleisi direcionou as falas aos vereadores de Curitiba do Partido Novo, responsáveis pela moção de protesto. “Você combate colocando em prática os fatos e a verdade. Importante que esses vereadores, da base do antigo governo, expliquem porque o INSS deixou cadastrar essas entidades”, concluiu.

Moção de protesto

Há duas semanas, a maioria do plenário da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) foi favorável à moção de protesto que condena o “escândalo bilionário de fraudes” no INSS, o Instituto Nacional do Seguro Nacional, órgão responsável por administrar e pagar benefícios previdenciários aos trabalhadores brasileiros. Autores do requerimento, os vereadores da bancada do Partido Novo, Indiara Barbosa, Guilherme Kilter e Rodrigo Marcial, argumentam que o caso “lesou diretamente mais de 4 milhões de aposentados e pensionistas por meio de descontos indevidos e não autorizados em seus benefícios”.

“Esta moção expressa o repúdio desta Casa Legislativa ao escândalo bilionário de fraudes no INSS, bem como à conduta do Partido Democrático Trabalhista (PDT), do ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e do Partido dos Trabalhadores (PT), diante das graves denúncias de corrupção e apropriação indevida de recursos de aposentados e pensionistas. […] Trata-se de um dos maiores casos recentes de apropriação indevida praticada contra cidadãos vulneráveis, com valores que ultrapassam R$ 6 bilhões, viabilizados pela conivência e omissão de autoridades com responsabilidade política e administrativa no episódio”, diz o documento.

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