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Antes de possível mudança no Athletico, relembre os estádios que foram rebatizados

A renomeação de estádios é frequentemente e reflete homenagens a personalidades marcantes na história dos clubes
Estádio Joaquim Américo Guimarães pode mudar de nome. Foto: Athletico Paranaense
A renomeação de estádios é frequentemente e reflete homenagens a personalidades marcantes na história dos clubes

Angelo Binder

21/02/24
às
15:47

- Atualizado há 1 ano

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Uma proposta de mudança que promete entrar para a história do futebol paranaense está nas mãos do Conselho Deliberativo do Athletico. Convocada para o dia 26 de fevereiro, uma reunião extraordinária terá como tema central a alteração do artigo 99 do Estatuto Social, visando a renomeação do Estádio Joaquim Américo Guimarães para “Estádio Mario Celso Petraglia”. A proposta, que busca homenagear uma das figuras mais emblemáticas na trajetória recente do clube, ainda depende de aprovação do conselho para se tornar realidade.

O encontro, marcado para ocorrer presencialmente no estádio na Rua Buenos Aires, 1.160, bairro Água Verde, em Curitiba, começará às 18h30, com uma segunda convocação às 19h, assegurando a deliberação com qualquer número de conselheiros presentes.

A família de Joaquim Américo não aceitou a possibilidade de troca de nome e abriu um abaixo assinado para impedir a mudança.

A situação é uma prática já existente futebol: a renomeação de estádios, que frequentemente reflete homenagens a personalidades marcantes na história dos clubes. Em Muriaé (MG), a morte do ex-vice-presidente José Alencar trouxe à tona a divisão entre manter o nome histórico do estádio ou homenagear o político local. Este dilema não é único ao Athletico ou ao Nacional de Muriaé; ele se repete em vários clubes e cidades ao redor do mundo.

Mudanças de nomes de estádios, como o Nabizão em Bragança Paulista e o Estádio dos Amaros em Itápolis, refletem tanto homenagens póstumas quanto vivas, embora a legislação brasileira tenda a desencorajar a última. A renomeação pode ser vista como uma forma de reconhecimento ou uma estratégia de marketing, como demonstrado pela Mercedes-Benz Arena em Stuttgart. Cada mudança carrega sua própria história, significados e, às vezes, controvérsias, refletindo a rica interação entre cultura, memória e esporte.

Mudança no rival do Athletico

No maior rival do Athletico há um caso semelhante de troca de nome. Em 1977, o Coritiba trocou o nome do seu estádio de Belfort Duarte para Major Antônio do Couto Pereira, homenageando o presidente que iniciou as obras do Alto da Glória. Mas há diferenças: a alteração veio após a morte de Couto Pereira (em 1976) e Belfort Duarte não era um nome ligado ao clube, e sim um ex-jogador do América-RJ, notabilizado por nunca ter sido expulso.

O estádio brasileiro mais conhecido que homenageou uma pessoa viva foi o Rei Pelé, de Maceió, inaugurado em 1970 já com o nome do Atleta do Século. Em Brasília, os estádios públicos Valmir Campelo Bezerra (Bezerrão) e Maria de Lourdes Abadia (Abadião) tem nomes de políticos ainda vivos. Entretanto, uma lei federal impede – em tese, no caso – que pessoas vivas recebam nomes de equipamentos públicos.

Estádio Romildo Vitor Gomes Pereira

O estádio de Mogi Mirim (SP), inaugurado em 7 de setembro de 1991, já teve quatro nomes. Na inauguração, ele foi chamado batizado de Vail Chaves. Wilson Barros, presidente do clube, rebatizou a arena com o próprio nome. Depois Barros mudou de novo: passou a chamar o local de Estádio Papa João Paulo II. Agora, o jogador Rivaldo, atual presidente do Sapão, entrou na dança e escolheu o nome de seu próprio pai, transformando o estádio em Romildo Vitor Gomes Ferreira.

Estádio Santiago Bernabéu

O nome anterior era Nuevo Estádio Chamartín, por causa da arena Chamartín, que ficava no mesmo terreno e era usada pelo Real Madrid até 1947. Em 1955, passou a se chamar Estádio Santiago Bernabéu para homenagear o ex-jogador e ex-presidente do clube Santiago Bernabéu Yeste.

La Bombonera

O estádio do Boca Juniors foi fundado em 1940 com o nome do presidente do clube à época, Camilo Cichero. No entanto, em dezembro de 2000, o então presidente Mauricio Macri decidiu mudá-lo para Estadio Alberto J. Armando, em homenagem a Alberto Jacinto José Armando, ex-presidente do clube que faleceu em 1988.

Mercedes-Bens-Arena

Na inauguração, em 1933, o estádio de Stuttgart foi chamado de Adolf-Hitler-Kampfbahn, em homenagem ao então chanceler da Alemanha. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, virou Century Stadium e Kampfbahn. Em 1949, aconteceu nova mudança. Foi escolhido o nome Neckarstation por causa do rio Neckar, que fica na região. O nome Gottlieb Daimler é uma homenagem ao inventor do primeiro automóvel de quatro rodas com combustão interna. Passou a se chamar Mercedes-Benz Arena em 2008 por causa do patrocínio da marca, que tem uma fábrica nas redondezas.

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