- Atualizado há 1 dia
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu nesta terça-feira (8) as investigações que apuraram a existência de esquema fraudulento de um assistente social, de 46 anos, contra uma fundação de assistência social localizada em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. O homem foi indiciado por incluir dados de pessoas falecidas em relatórios para obter benefícios.
As investigações revelaram que o profissional incluía sistematicamente nomes de pessoas já falecidas nos relatórios mensais de atendimento da instituição, fazendo parecer que essas pessoas continuavam sendo assistidas pelo serviço social.
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Conforme o delegado da PCPR Derick Moura, o caso veio à tona quando o suspeito solicitou uma cesta básica em nome de uma idosa que havia falecido cinco meses antes. A partir dessa descoberta, uma investigação mais ampla revelou que a prática se estendeu por um período aproximado de 18 meses, entre 2020 e 2021.
O investigado utilizava dados de pessoas falecidas para simular o cumprimento de metas, solicitar benefícios como cestas básicas, apresentar relatórios falsos de visitas domiciliares e manter artificialmente o número de pessoas atendidas pela associação
De 20 supostos usuários contatados, apenas dois confirmaram estar recebendo efetivamente os serviços da instituição.
O assistente social foi indiciado pelo crime de inserção de dados falsos em sistema de informações, crime previsto no artigo 313-A do Código Penal, cuja pena prevista é de 2 a 12 anos de reclusão, mais multa.
O autor foi exonerado de suas funções, sendo o inquérito policial concluído e encaminhado ao Ministério Público, que analisará as provas coletadas e decidirá sobre o oferecimento de denúncia criminal contra o investigado.
*Com informações da Polícia Civil