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Arsenal da guerra entre agentes e CV no Rio: Drones com bomba, fuzis, helicópteros e blindados

A operação foi a mais letal da história do Estado do Rio de Janeiro
(Foto: Reprodução Redes sociais)
A operação foi a mais letal da história do Estado do Rio de Janeiro

Estadão Conteúdo

29/10/25
às
7:54

- Atualizado há 4 segundos

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Ao menos 60 suspeitos e 4 policiais morreram nesta terça-feira, 28, durante uma megaoperação no Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha contra o Comando Vermelho (CV). A operação foi a mais letal da história do Estado do Rio de Janeiro.

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Esta megaoperação envolveu um verdadeiro aparato de guerra:

– cerca de 2,5 mil policiais;

– drones (os bandidos chegaram a lançar bombas por meio desses equipamentos);

– 31 fuzis apreendidos;

– dois helicópteros;

– 32 blindados terrestres usados pelas forças de segurança;

– 12 veículos de demolição do Núcleo de Apoio às Operações Especiais da PM;

– ambulâncias para resgate.

Policiais militares do Comando de Operações Especiais e das unidades operacionais da PM da capital e região metropolitana participam das ações.

Já a Polícia Civil mobilizou agentes de todas as delegacias especializadas, distritais, da Core, do Departamento de Combate à Lavagem de Dinheiro e da Subsecretaria de Inteligência.

Reação do CV

O Comando Vermelho reagiu à operação e lançou bombas por meio de drones, o que transformou a região em um cenário de guerra, com reflexos em importantes vias da cidade, como a Avenida Brasil e a Linha Amarela.

No Alemão e na Penha, pelo menos 87 escolas tiveram as atividades afetadas – 48 nem chegaram a abril. O total de alunos impactados foi de 29 mil.

À tarde, o governador Cláudio Castro (PL) afirmou que ao menos 31 fuzis foram apreendidos na operação.

A ação, que repete cenas de guerras como a da Ucrânia e na Faixa de Gaza, expõe o poder crescente do crime organizado no País e as dificuldades do poder público de reprimir o narcotráfico, com efeitos violentos para os moradores das comunidades pobres.

“São aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de desordem. Casas construídas de forma irregular, becos que é impossível fazer o patrulhamento”, disse Victor Santos, secretário da Segurança Pública do Rio.

Operações mais letais

Segundo o relatório Chacinas Policiais, produzido pelo Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (Geni/UFF), no período de 2007 a 2021, foram realizadas 17.929 operações policiais em favelas na Região Metropolitana do Rio, das quais 593 terminaram em chacinas, com um total de 2.374 mortos. Isso representa 41% do total de óbitos em operações policiais no período.

Além disso, o estudo mostra que o Jacarezinho era, até então, a localidade com o maior número de mortos em chacinas.

Veja as operações mais letais no Rio de Janeiro:

Complexo do Alemão e Penha: 64 mortos, 2025

Jacarezinho: 28 mortos, 2021

Penha: 23 mortos, 2022

Complexo do Alemão: 19 mortos, 2007

Complexo do Alemão: 17 mortos, 2022

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