Uma fala do deputado estadual Ricardo Arruda (PL) direcionada a deputada Luciana Rafagnin (PT) gerou revolta na bancada da oposição da Assembleia Legislativa do Paraná. O parlamentar bolsonaristas chamou a petista de não ter vergonha e ser ‘cara de pau’ por defender ações do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O caso aconteceu durante a sessão desta terça-feira (12).

Durante a fala, Arruda teve o direito a fala suspensa, mas em resposta disse que vergonha na cara e cara de pau não são ofensas, mas expressões do cotidiano. Por sua vez, a reação foi automática por parte de vários deputados da Casa, que refutaram a fala de Arruda e pediram punição baseada no Código de Ética

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O deputado Arilson Chiorato (PT), Líder da Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná e presidente do PT-PR, repudiou nesta terça-feira (12) a fala do deputado Ricardo Arruda (PL), que chamou a deputada Luciana Rafagnin (PT) de “cara de pau”.

“Não dá para aceitar violência de gênero nesta Casa. A agressão contra a deputada Luciana ofende todas as mulheres e o próprio respeito entre parlamentares. Aqui, a imunidade parlamentar não é licença para agressão”, afirmou o deputado Arilson.

O Líder da Bancada disse que já reconheceu publicamente excessos no calor de debates, mas nunca atacou a dignidade de outro deputado ou deputada. “Se algum deputado do PT faltar com respeito a uma mulher nesta Casa, saberemos como agir. Não vamos tolerar covardia.”

O deputado Renato Freitas (PT) também denunciou à Mesa Diretora, durante a sessão plenária, a agressão verbal de Arruda contra Luciana.

“Luciana é referência”

O deputado Dr. Antenor (PT) reforçou a relevância de Luciana Rafagnin no Partido dos Trabalhadores e na política paranaense. “Falar da Luciana é falar de algo fraterno e belo na luta política. Ela é referência e merece respeito absoluto. O número de admiradores que ela tem na base é imenso”, afirmou.

Dr. Antenor criticou a postura de parlamentares que, segundo ele, priorizam ataques pessoais em vez de debater temas estratégicos para o Paraná. “Enquanto alguns se ocupam em agredir, deixamos de discutir assuntos como o pedágio, a venda da Copel, a Ferroeste e a Celepar. Esse discursinho não cabe”, disse.

Coerência entre palavra e prática

O deputado Arilson concluiu pedindo coerência no parlamento. “Ir à igreja não faz de ninguém cristão. Fé é respeito e compaixão com o próximo. Aqui, é preciso alinhar discurso e prática. Quem fala uma coisa e age de outra forma não tem autoridade moral para atacar”, afirmou.

A Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná manifesta apoio integral à deputada Luciana Rafagnin e repudia qualquer forma de violência política de gênero, defendendo respeito e igualdade no exercício do mandato parlamentar.