- Atualizado há 1 mês
Um tratamento inédito no Paraná vai mudar a vida de pacientes que sofrem com arritmia, que são batimentos irregulares do coração. Hoje, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), 1,47 milhão de pessoas são afetadas por fibrilação atrial (FA) paroxística por ano, sendo 70% delas sintomáticas. A arritmia atinge até 4% da população, e é mais frequente depois dos 50 anos.
Se tratada no estágio inicial, evita problemas sérios como a piora da função cardíaca, o risco de evento embólicos cardíacos como o AVC e sintomas de insuficiência cardíaca. A fibrilação atrial pode também desenvolver uma condição persistente de sobrecarga ao coração e, até mesmo, acarretar déficit de memória e demência precoce.
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A nova tecnologia que será aplicada pela equipe de eletrofisiologia da Hemodinâmica do Hospital Araucária, reduz o tempo do procedimento, atualmente de 2 horas, pela metade. A ablação por campo pulsado, ou PFA, é usada para tratar o problema, sendo uma nova e interessante opção. Tradicionalmente, o tratamento das arritmias envolvia métodos que aqueciam ou resfriavam os tecidos do coração para eliminar a área problemática.
No entanto, a PFA funciona de uma maneira diferente: ela usa pulsos elétricos rápidos e de alta intensidade para criar pequenos buracos nas células cardíacas que estão causando a disfunção, sem aquecer ou resfriar o tecido.
“Essa abordagem é considerada ainda mais segura porque afeta somente as células cardíacas e evita danos a outros tecidos. A ablação por PFA tem sido apontada como uma grande promessa no tratamento de arritmias, trazendo ainda mais rapidez e segurança ao procedimento ” – diz o médico Gustavo Galli.
O paciente, o primeiro no Paraná a receber o tratamento, é um homem de 56 anos, que desenvolveu a arritmia nos últimos 3 meses. Com hipertensão e obesidade associadas o tratamento com PFA se mostrou a melhor opção. Hoje, somente grandes centros oferecem este tipo de tratamento, como é o caso do Rio e São Paulo.
“Este é o primeiro paciente a utilizar esta tecnologia, que aumenta ainda mais a segurança do paciente. As outras formas de tratamento são também muito eficazes e seguras, e continuarão sendo utilizadas por muitos anos” – lembra o cardiologista João Brustulin.
*Com informações da assessoria de imprensa