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Após sobreviver a câncer, mulher morre assassinada pelo marido no Paraná

Jaqueline foi encontrada morta na área externa da residência do casal, com um disparo de arma de fogo na cabeça
(Foto: Reprodução)
Jaqueline foi encontrada morta na área externa da residência do casal, com um disparo de arma de fogo na cabeça

Redação Nosso Dia

29/09/25
às
9:17

- Atualizado há 2 dias

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A Polícia Civil do Paraná prendeu de Adriano Forgiarini, de 37 anos, acusado de matar a esposa Jaqueline Rodrigues Pereira, também de 37. O crime ocorreu na madrugada de 13 de setembro, em São Miguel do Iguaçu, no Oeste do Estado. O suspeito tentou simular um assalto à vítima, que recém tinha se recuperado de um câncer.

Jaqueline foi encontrada morta na área externa da residência do casal, com um disparo de arma de fogo na cabeça. Inicialmente, o caso foi registrado como latrocínio (roubo seguido de morte), porque o próprio Forgiarini também apresentava ferimentos de bala e foi hospitalizado em estado grave. Ele teria atirado contra o próprio corpo para simular o assalto.

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Jaqueline tinha se recuperado de um câncer de mama em março deste ano e era recém-formada em Gestão Ambiental. Atualmente, ela trabalhava como afiadora de facas em um frigorífico. Ela deixa um menino de 11 anos.

Investigação

Durante a apuração, os peritos identificaram inconsistências na cena do crime. O delegado Walcely de Almeida, responsável pela investigação, afirmou que ‘tudo estava muito estranho’. A versão apresentada pelo marido não correspondia aos vestígios coletados, levantando dúvidas sobre o suposto assalto.

Um detalhe em especial chamou a atenção dos investigadores: Forgiarini mencionou um roubo que teria ocorrido três anos antes, mas que, segundo registros policiais, nunca existiu. Esse ponto reforçou a suspeita de que a narrativa poderia ter sido criada para encobrir outro crime.

A residência possuía apenas uma câmera de vigilância em funcionamento, instalada na varanda. Ainda assim, o equipamento registrou reflexos e áudios que ajudaram a reconstituir parte da dinâmica do crime. A arma utilizada foi localizada em uma propriedade da família.

Segundo a Polícia Civil, ficou comprovado que se tratava de um feminicídio por motivo fútil. A motivação exata, porém, não foi revelada.

Após 13 dias do homicídio, Forgiarini foi localizado em um hotel de São Miguel do Iguaçu e preso preventivamente. De acordo com o delegado, ele não resistiu à abordagem policial.

Jaqueline e Adriano estavam casados havia dois anos.

A defesa do suspeito preso divulgou a seguinte nota:

A defesa de Andriano Forgiarini esclarece que acompanha atentamente as apurações em curso e reafirma sua confiança no devido processo legal e nas instituições responsáveis.

Por respeito à investigação em andamento, não serão prestadas declarações sobre o conteúdo dos fatos neste momento.

Reiteramos nosso compromisso com a ampla defesa e o contraditório, e agradecemos a compreensão da imprensa e da sociedade, frisando que qualquer manifestação será realizada nos autos e no tempo oportuno.

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