Após um novo bate-boca entre deputados, no qual Ricardo Arruda (PL) chamou Luciana Rafagnin (PT) de ‘cara de pau’ e de ‘não ter vergonha na cara’, por defender ações do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Ademar Traiano (PSD), afirmou ao Portal Nosso Dia que é preciso dar celeridade ao Código de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Com isso, a votação das 17 emendas apresentadas deve acontecer a partir da próxima terça-feira (19).

Ao ser questionado, Traiano destacou que o Código de Ética evitaria confusões como a que aconteceu nesta terça-feira (12). “Não tenho a menor dúvida. Quanto mais você posterga, mais problema você cria. Vou pautar na segunda-feira as emendas e espero que imediatamente a mesa paute a matéria, porque não conseguimos mais suportar cenas como as que estamos vendo neste casa. Vergonhoso um debate que não leva a lugar nenhum, a não ser deputados querendo vender suas imagens para as redes sociais”, disse Traiano.

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Questionado se punições seriam aplicadas caso o Código de Ética estivesse valendo, o deputado, que por muitos anos foi presidente da Alep, disse que sim. “Eu quero crer que se o novo código estivesse aprovado, debate como estes, de uma ignorância total, poderiam se aplicar as punições aos deputados. Espero o rigor necessário. Espero a aplicação do novo código com celeridade para palavras indecorosas”, concluiu.

Desta vez, a vítima de um ataque foi a deputada Luciana Rafagnin, da oposição, que apresentou emendas ao Código de Ética e tende a votar contra caso não sejam aprovadas. O líder da bancada, deputado Arilson Chiorato, explicou o motivo de se ter mudanças no atual texto do código.

“Você precisa discurtir emenda por emenda. Corrigir a questão das redes sociais, que é ambígua, tem que ter coesão para não perseguir politicamente. Ele tem que ser instrumento de ética e de verdade. A parte desrespeitar a Alep, mas qual desrespeito? É preciso ficar isso às claras. Você falar que um deputado não trabalha, seria ofensa? São essas questões”, explicou.

Após passar pela CCJ com a análise das emendas, o Código Ética deve retornar ao plenário onde será votado pelos deputados.