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Um cágado-pescoço-de-cobra (Hydromedusa tectifera) foi devolvido ao seu habitat natural nesta terça-feira (23) por técnicos do Instituto Água e Terra (IAT). O animal foi resgatado, em condições de maus-tratos em Guaratuba, no Litoral, no dia 25 de agosto, em uma ação conjunta com a prefeitura do munícipio e o Batalhão de Polícia Ambiental – Força Verde.
As equipes encontraram o animal sem alimentação adequada e sem acesso a ambiente aquático, essencial para a sua sobrevivência. O proprietário teria relatado ter recebido o animal de um terceiro e afirmou desconhecer as condições necessárias para sua manutenção. Ele foi autuado, conforme a legislação ambiental vigente.
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Após o resgate, o cágado foi encaminhado à base do IAT em Paranaguá e, posteriormente, ao Hospital Veterinário da Unicesumar, onde passou por avaliação clínica. Segundo o coordenador do setor de Fauna do IAT no Litoral, Rafael Galvão da Silva, o animal apresentou escoriações, além de sinais de desidratação e desnutrição severa.
Em razão da debilitação, precisou ficar sob cuidados veterinários durante quase um mês até que recuperasse as condições ideais para retornar à natureza. “O Estado não vai medir esforços para que crueldades como essas não se repitam novamente”, disse o coordenador.
CÁGADO-PESCOÇO-DE-COBRA – O cágado-pescoço-de-cobra (Hydromedusa tectifera) é uma espécie de quelônio nativa do Brasil e encontrada em várias regiões do Paraná, especialmente em ambientes de água doce, como rios, lagoas e áreas alagadas. Reconhecido pelo longo pescoço flexível, que pode ser dobrado lateralmente sob a carapaça, o animal tem papel importante no equilíbrio ecológico, pois contribui para o controle de pequenos organismos aquáticos e participa do ciclo natural de nutrientes.
DENUNCIE – Ao avistar animais machucados ou vítimas de maus-tratos, tráfico ilegal ou cativeiro irregular, o cidadão deve entrar em contato com a Ouvidoria do Instituto Água e Terra. Se preferir, outra opção é ligar para o Disque Denúncia 181 e informar de forma objetiva e precisa a localização e o que aconteceu com o animal. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem fazer o atendimento.