
- Atualizado há 1 dia
A repercussão das declarações de Renato Freitas (PT) em um podcast, no qual afirmou ser maconheiro, levou o deputado Denian Couto (Podemos) a defender a implementação de exames toxicológicos obrigatórios para todos os parlamentares e servidores da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Segundo ele, a medida é necessária para garantir que “ninguém trabalhe chapado” dentro da Casa. O pedido de um ato administrativo para instituir testagem antidoping geral já foi protocolado na Mesa Diretora
No podcast, Freitas afirmou: “Eu fumo maconha. Eu sou maconheiro. Essa planta é maravilhosa. A descriminalização é racista, porque os negros usavam”, disse ele.
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A fala motivou Denian Couto a protocolar dois pedidos: um de cassação e outro para que a Mesa Diretora implemente imediatamente testes antidoping em todos os servidores, concursados e comissionados, e inclua os deputados no mesmo procedimento. “Todos os deputados têm que fazer o exame toxicológico. Nós aqui conduzimos a vida das pessoas. Alguém chapado tem que ser deputado? Os assessores têm que trabalhar chapados? É claro que não.”
Couto afirmou que a medida pode ser adotada de forma urgente. “Chama o laboratório aqui, faça a fila do xixi. Eu tô pronto e posso ser o primeiro da fila.” Ele também defendeu a cassação de Freitas:
“Ao admitir ser usuário de maconha, se dizer maconheiro, e plantar a droga em casa, há uma claríssima quebra de decoro parlamentar. Ou a Assembleia reage, ou nós cairemos num absoluto e total descrédito, concluiu.

Outro pedido de cassação foi protocolado pelo deputado Tito Barichello (União). Para ele, as declarações de Freitas configuram confissão de crimes previstos nos artigos 28 e 33 da Lei 11.343. “Não sou eu que estou dizendo, é ele que está afirmando. Além de legisladores, somos fiscais da lei. A quebra de decoro é extremamente clara”, disse.
Barichello relatou ainda a repercussão negativa entre delegados de vários estados: “Achavam que aquilo era uma brincadeira, que ele não era deputado de verdade, tamanha aberração jurídica”. Ele reforçou que o cultivo de maconha, mesmo sem pena de prisão, segue sendo crime no Brasil: “Nossa imagem no país está maculada depois dessa manifestação em um podcast bastante conhecido, com mais de 180 mil visualizações””, concluiu.
Até o momento, o deputado Renato Freitas não se manifestou. O espaço permanece aberto.