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Após consulta, jovem se abre com profissionais e reencontra o pai após anos em Curitiba

O reencontro aconteceu nesta segunda-feira (6/10) e foi possível graças à atuação conjunta da Fundação de Ação Social (FAS) e da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba
Com apoio da FAS, mulher reencontra o pai e volta para casa no Rio de Janeiro. Foto: Pablo Maestá
O reencontro aconteceu nesta segunda-feira (6/10) e foi possível graças à atuação conjunta da Fundação de Ação Social (FAS) e da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba

Redação*

07/10/25
às
18:09

- Atualizado há 1 dia

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Depois de meses longe da família, Abigail Alves das Neves, 28 anos, reencontrou o abraço do pai e retornou para casa, em Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro. O reencontro aconteceu nesta segunda-feira (6/10) e foi possível graças à atuação conjunta da Fundação de Ação Social (FAS) e da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba.

A carioca, técnica de enfermagem e dependente química há cinco anos, procurou o Centro Intersetorial de Atendimento a Pessoas em Situação de Rua (FAS SOS) na última quinta-feira (2/10), quando buscou atendimento do Consultório na Rua, por causa de um problema nos olhos. Quando esteve na unidade, ela falou sobre a vontade de reencontrar os pais.

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A equipe da FAS ouviu a história de Abigail e localizou a família. A coordenadora do Centro POP – que funciona dentro da FAS SOS -, Eridan Rocha, descobriu na internet o telefone do trabalho dos pais de Abigail, e falou com a mãe da jovem, que expressou o desejo de receber a filha de volta.

“Quando ela falou que queria reencontrar a família, percebemos que ali podia haver uma oportunidade de recomeço. Fizemos o contato, a mãe atendeu e ficou feliz de ter notícias da filha. Desde então, acompanhamos todo o processo até o retorno”, contou Eridan.

Segundo a coordenadora, a escuta e a empatia são essenciais nesses casos. “Cada pessoa tem sua história e seu tempo. Nosso papel é oferecer caminhos e apoio para que possam retomar os vínculos e reconstruir a vida.”

Continuidade do atendimento

Abigail passou por atendimento de saúde e foi acolhida pelo município até esta segunda-feira, quando o pai, Gesse Pinheiro das Neves, 65 anos, chegou a Curitiba para buscá-la. As passagens de retorno foram fornecidas pela Casa de Acolhida e do Regresso (CAR), da FAS.

Enquanto o retorno era organizado, a FAS manteve contato com a família e com a assistência social de Cachoeiras de Macacu para garantir a continuidade do acompanhamento de Abigail.

“Se não fosse o apoio da FAS, provavelmente ela estaria na rua, sofrendo e em risco. Esse trabalho é muito importante para quem precisa de ajuda”, afirmou Gesse. Ele e a esposa, Marluci Alves das Neves, 60 anos, são monitores de uma instituição filantrópica e têm a guarda das duas filhas de Abigail, de 6 e 2 anos.

O pai contou que nunca desistiu da filha. “Enquanto houver esperança, a gente vai lutar para que ela se restabeleça”, disse. Segundo Gesse, a família está pronta para apoiá-la no tratamento. “Ela vai ter acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Tem tudo para dar certo, agora depende dela.”

Reencontro

Abigail se alegrou ao ver o pai. “Ele já veio me buscar outra vez. Tenho pais bons, e estou ansiosa para voltar pra casa, ver minha mãe e minhas filhas. A pior dor é a da saudade”, comentou.

Ela também agradeceu às equipes que a ajudaram. “Procurei a FAS num dia bem triste, e fui acolhida. Lembrei das meninas da saúde (Consultório na Rua) que me conhecem e sempre me ajudaram. Graças a Deus, agora posso voltar pra minha família. Não é a casa, é onde a gente pode voltar e ter quem abraçar.”

De volta ao Rio de Janeiro, Abigail quer manter o tratamento de saúde e reconstruir a vida. “Quero ajudar minha mãe a cuidar das minhas filhas e procurar um emprego na minha área. Quero fazer tudo o que um dependente químico precisa fazer para voltar a ter uma vida normal.”

Retorno familiar

O retorno familiar é um dos objetivos do trabalho da FAS com pessoas em situação de desabrigo e de rua. Desde o último dia 1º de janeiro, a FAS fez  332 retornos familiares de pessoas que aceitaram voltar para suas casas e familiares.

De acordo com Eridan, cada retorno familiar representa uma nova chance de reconstruir vínculos, histórias e vidas.

*Com informações da Prefeitura de Curitiba

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