- Atualizado há 7 meses
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A presidente da APP Sindicato, Walkiria Olegário Mazeto, afirmou ao Portal Nosso Dia que a greve dos professores e a manifestação em frente a Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) estão mantidas, até que se esgotem os meio de evitar a aprovação final do projeto que prevê a terceirização da gestão administrativa das escolas públicas do Paraná. No início da noite desta segunda-feira (3), o projeto foi aprovado pelos deputados estaduais, com 39 votos a favor e 13 contra.
Ao Portal Nosso Dia, a presidente da APP confirmou a manutenção do movimento grevista e da manifestação em frente a ALEP, que foi invadida na tarde desta segunda-feira pelos manifestantes.
“A greve continua, porque a tramitação na Alep não terminou. Continuamos pedindo a retirada do projeto e o debate com os professores. O fim da greve só vai ser avaliado em uma assembleia da categoria. Nós ficaremos aqui, um grupo passará a noite aqui na frente. Amanhã teremos ainda a chegada de novas caravanas”, disse a sindicalista.
Sobre a aprovaçação do projeto em 1° turno, Walkiria afirmou que a votação foi lamentável. “É uma vergonha o que a gente está acontecendo no Paraná. Foi atropelado tudo quanto é prazo e o debate democrático. Para nós isso é uma vergonha, porque permite ao governador vender as escolas públicas do Paraná. Se o tramite for superado na Alep, vamos recorrer, porque é um projeto ilegal, inconstitucional e imoral”, pontuou.
Sobre as declarações do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), de que o movimento é político, a sindicalista confirmou que de fato é. “Todo ato é político, inclusive a posição dele. Mas não é politico partidário, a nossa política é pela educação”, concluiu.
Quem também falou ao Portal Nosso Dia foi o deputado Requião Filho (PT). O petista disse o projeto é tão ruim que precisou ser aprovado de forma remota. “É tão ruim que os deputados resolveram se esconder e fazer a sessão online. É uma vergonha para esta Casa fazer esse tipo de sessão online. Caso avance aqui, nós vamos buscar uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), porque o projeto é inconstitucional”, disse.
O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, afirmou que a adesão à greve dos professores da rede estadual de ensino é baixíssima nesta segunda-feira (3). Em entrevista ao Portal Nosso Dia, Ratinho Jr. disse ainda que a paralisação tem motivações políticas e não pensa na Educação do Paraná.
“A greve é ilegal, com baixíssima adesão, e a maioria dos alunos está com aulas normais. Isso mostra a maturidade dos professores em entender que os sindicalistas fizeram um monte de fake news sobre o projeto. Este programa já aconteceu na Inglaterra, no Canadá, e vai modernizar a educação, para ajudar o professor a não ficar cuidando de lâmpada apagada, descarga que não funciona no banheiro”, disse o governador, que não se impressionou com o número de manifestantes na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, na manhã de hoje. “A gente viu que a manifestação é muito mais de professores da UFPR, que estão usando a manifestação da APP”, afirmou.
O governador ainda lamentou que mais uma vez a APP Sindicato esteja indo contra a educação do Paraná. “A gente fica triste. Estes mesmo sindicalistas foram contra as três merendas, escolas cívico militares, que hoje temos fila de espera para entrar, contra escola em tempo integral e reestruturação da base. São contra porque são manipulados por partidos políticos. Nós somos a melhor educação do Brasil e temos certeza que isso vai transformar ainda mais”, destacou.
Por fim, o governador explicou o motivo do projeto tramitar em regime de urgência e destacou que os pais levem as crianças às aulas. “Regime de urgência porque é algo importante. Temos até novembro para a consulta aos pais, para entrar em funcionamento no ano que vem, por isso essa necessidade. E os pais podem enviar os filhos as escolas, porque a adesão à greve está baixíssima. Os professores porque sabem que é uma greve política”, concluiu.