Após quatro dias de julgamento no fórum do Balneário de Ipanema, em Pontal do Paraná, Everton Vargas foi condenado a 14 anos de prisão pela morte da youtuber Isabelly Cristine Domingues dos Santos, em fevereiro de 2018. A condenação foi pelos crimes de homicídio e porte ilegal de arma de fogo.

Ainda na condenação ficou definido uma reparação de R$ 30 mil para o pai e a mãe da vítima. O réu poderá recorrer em liberdade. Isabelly morreu após levar um tiro acima do olho esquerdo, após uma confusão no trânsito na PR-412. O réu disparou contra o carro em que a adolescente estava. Ele respondia por homicídio qualificado por motivo torpe e porte ilegal de arma de fogo municiada.

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Para a advogada Thaise Mattar Assad, que representa a família de Isabelly, o resultado é satisfatório. “Foi satisfatório e nos termos que a gente esperava. Espero que isso traga um conforto à família. Hoje nós vimos o resultado da união em prol da dor desta família. Ele (réu) tem direito de recorrer porque ficou um ano preso e outros em tornozeleira eletrônica. Isso era esperado”, afirmou.

O responsável pela defesa de Everton, o advogado Cláudio Dalledone, criticou a forma que o promotor comandou a acusação e garantiu que pedirá a anulação do Júri.

“Um dos julgamentos em que a atuação do promotor mais me deixou assustado. Foi uma acusação privada e isso infringe normas. Foi um resultado apertado, quatro votos a três. São 14 anos e pode recorrer em liberdade. Não deixamos nada sem resposta e saímos de cabeça erguida. Agora só nos resta anular a condenação. Não foi uma decisão justa e vamos fazer este julgamento de novo”, disse o advogado.

O crime

Segundo a Polícia Civil, Isabelly morreu após ser atingida com um tiro na cabeça, em Pontal do Paraná. Ela estava sentada no banco traseiro de um veículo, ao lado da mãe, Rosania Domingos dos Santos, na madrugada do dia 14 de fevereiro. O pai da garota e um amigo também estavam no carro.

O caso aconteceu na PR-412, durante uma suposta briga de trânsito. O motorista do carro de Isabelly afirmou que foi fechado por um veículo antes do crime, de onde um dos ocupantes desceu e disparou.

Já Everton e o irmão, Cléverson, afirmaram que foram ameaçados e agiram por ‘instinto de defesa’.