PUBLICIDADE
Brasil /
FIQUE BEM

Anvisa emite alerta sobre crescimento anormal de pelos em bebês expostos ao minoxidil; entenda

Apelidada de "síndrome do lobisomem", a condição médica é chamada oficialmente de hipertricose
Anvisa pede que detentores do registro do minoxidil incluam nas bulas a informação sobre o risco de hipertricose em bebês Foto: millaf/Adobe Stock
Apelidada de "síndrome do lobisomem", a condição médica é chamada oficialmente de hipertricose

Estadão Conteúdo

17/04/25
às
14:36

- Atualizado há 2 dias

Compartilhe:

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou um alerta nesta terça-feira, 15, sobre o risco de crescimento anormal de pelos em bebês expostos ao minoxidil, medicamento usado no tratamento da alopecia androgenética – popularmente conhecida como calvície – em homens adultos.

Apelidada de “síndrome do lobisomem”, a condição médica é chamada oficialmente de hipertricose. Em dezembro de 2024, o Centro de Farmacovigilância de Navarra, na Espanha, emitiu um alerta sobre o assunto. O departamento estatal descobriu que bebês que conviviam com pais usuários do medicamento na versão loção tinham risco de desenvolver a condição médica. Os espanhóis encontraram 11 casos de bebês em fase de amamentação que apresentaram hipertricose.

Para receber as principais informações do dia pelo WhatsApp entre no grupo do Portal Nosso Dia clicando aqui

A principal hipótese é de que esses bebês tenham sido expostos acidentalmente ao minoxidil por meio do contato pele a pele ou até por via oral, ao encostarem a boca na pele de um adulto que utiliza o produto. Os sintomas desapareceram com a suspensão do uso do medicamento pelo familiar.

A Anvisa solicitou que os detentores do registro do minoxidil incluam nas bulas informações sobre o risco de hipertricose em bebês após exposição ao medicamento. “Recomenda-se cautela para garantir que os bebês não entrem em contato com locais onde o produto foi aplicado”, cita a agência, em nota.

“Profissionais de saúde devem orientar os pacientes a evitar que crianças tenham contato com as áreas onde o medicamento foi aplicado e lavar as mãos após a aplicação. Pacientes que utilizam minoxidil e têm contato frequente com crianças devem procurar um médico caso percebam um crescimento excessivo de pelos nas crianças”, recomenda.

O que é o minoxidil?

O minoxidil é um medicamento desenvolvido na década de 1970 para tratar hipertensão arterial, mas que ficou conhecido pelo efeito colateral de estimular o crescimento de pelos. Com isso, passou a ser utilizado também contra a calvície, principalmente na forma tópica, que é considerada segura por especialistas. Já o uso oral, embora indicado por alguns médicos, ainda desperta controvérsias. Isso porque o medicamento poderia causar efeitos colaterais que vão além do crescimento dos fios. Cabe destacar que o minoxidil oral não tem registro na Anvisa para aplicação contra a calvície.

Apesar de não se saber com exatidão como o minoxidil atua, estudos indicam que ele age diretamente nos folículos capilares, prolongando a fase de crescimento dos fios. Isso ajuda a retardar a progressão da calvície e melhorar a densidade capilar, embora não reverta completamente a condição.

A recomendação do uso depende de avaliação médica, que pode indicar o tratamento em casos de alopecia androgenética. O tratamento deve ser contínuo: ao interromper o uso, a tendência é que a queda de cabelo retorne ao padrão anterior.

TÁ SABENDO?

FIQUE BEM

PUBLICIDADE
© 2024 Nosso dia - Portal de Noticias