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Advogados da família de jovem ejetada de carro em Curitiba repudiam fatalidade e defendem: “Isso é crime”

Para os advogados da família da jovem, 'a tentativa de classificar a morte de Izabelle como uma ‘fatalidade’ e transferir integralmente a culpa para um terceiro é uma tática que busca ocultar a gravidade da imprudência'.
jovem ejetada
Jovem ejetada de carro morreu dias depois. Foto: Arquivo pessoal/Divulgação
Para os advogados da família da jovem, 'a tentativa de classificar a morte de Izabelle como uma ‘fatalidade’ e transferir integralmente a culpa para um terceiro é uma tática que busca ocultar a gravidade da imprudência'.

Geovane Barreiro e Luiz Henrique de Oliveira

14/11/25
às
9:30

- Atualizado há 19 segundos

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Os advogados da família da jovem ejetada de um carro em um acidente na Rua XV de Novembro, no Alto da XV, em Curitiba, repudiam que o caso seja tratado como fatalidade, como atribuiu a defesa do motorista Gabriel. Izabelle Tramorin, 20 anos, teve morte cerebral declarada no fim da tarde desta quarta-feira (12), no Hospital Cajuru, após quatro dias de internamento. Ela sofreu ferimentos graves na cabeça ao ser ejetada de um Jeep Renegade dirigido por Gabriel, que teria ingerido bebida alcoólica. Segundo relatos, o motorista dirigia em alta velocidade e fazia zigue-zague pela rua. Os órgãos de Izabelle foram doados e poderão salvar até sete pessoas.

Ao Portal Nosso Dia, os advogados Nilton Ribeiro e Elias Bueno, que representam a família da jovem, disseram, por meio de nota, que rechaçam com veemência a nota da defesa de Gabriel, condutor do Jeep Renegade. A defesa do motorista disse que o acidente foi fatalidade e nega qualquer culpa de Gabriel.

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Para os advogados da família da jovem, ‘a tentativa de classificar a morte de Izabelle como uma ‘fatalidade’ e transferir integralmente a culpa para um terceiro é uma tática que busca ocultar a gravidade da imprudência’. Não permitiremos que a vida de Izabelle seja minimizada por uma narrativa de ‘fatalidade’.

jovem ejetada
Izabelle Tremarin: jovem ejetada de carro. Foto: Arquivo pessoal

Segundo Ribeiro e Bueno, o inquérito policial seguirá o rito legal e, em breve, as provas técnicas, desmentirão a tese. “Temos a certeza de que a Justiça condenará a imprudência que ceifou a vida da jovem Izabelle.  A Justiça virá e a impunidade não prevalecerá. O nome disso não é fatalidade, é crime”.

Fatalidade

Por meio de nota, a defesa do motorista Gabriel, Beno Brandão Advogados, diz que o responsável pelo acidente que matou a jovem de 20 anos foi o motorista de um Fiat Siena, ‘que fez uma conversão totalmente inapropriada para a direita, sem observar que o carro de Gabriel estava naquela pista’. Esse motorista do Siena, segundo a defesa, teria, inclusive, admitido o erro no local do acidente, na tarde do último sábado (8).

A nota oficial da defesa de Gabriel, no entanto, não menciona e ignora a possibilidade de ingestão de bebida alcoólica de Gabriel, já vista – segundo a família – por meio de câmeras de monitoramento e fotos nas redes sociais. A defesa informou que os representantes do motorista estiveram na Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) na última terça-feira (11) – três dias após o acidente. Mas, segundo eles, foram informados que teriam de aguardar as investigações policiais para, então, ouvir o jovem motorista.

Jovem ejetada

Dois dias depois, Gustavo Tremarin contou ao Portal Nosso Dia que o acidente aconteceu depois que a jovem saiu de casa no Alto Tarumã, para ajudar a mãe, que precisava de um dicionário para o mestrado. Um conhecido dela se ofereceu para levá-la até o Shopping Jockey Plaza, acompanhado de outro rapaz. “No shopping, eles foram a um bar chamado 100 Beer, onde tomaram chope. Eu confirmei, com autorização do estabelecimento, que o motorista realmente bebeu antes de sair dirigindo”, relatou Gustavo.

jovem ejetada
Renegade capotou após colidir contra um carro e um poste. Foto: Colaboração/Portal Nosso Dia

Após deixar o local, o grupo seguia em direção ao Alto da XV, onde o motorista supostamente iria encontrar os pais. “Testemunhas nos relataram que ele descia a Rua XV em alta velocidade, pela faixa exclusiva de ônibus, fazendo ultrapassagens. Acabou batendo em um Siena e, na sequência, contra um poste que quebrou ao meio com a força do impacto”, contou.

Izabelle foi arremessada para fora do carro e sofreu um grave traumatismo craniano. “Quando cheguei, vi o carro destruído e uma poça de sangue. Foi uma irresponsabilidade absurda. Ele mudou a vida da minha prima”, completou Gustavo.

Justiça

A família confirmou ainda que vai acionar a Justiça. “A gente tem provas de que ele estava embriagado. Queremos que ele seja preso. E enquanto estiver preso, que os pais paguem em doações para pessoas que passam por esse tipo de situação. Não queremos dinheiro, queremos justiça,” disse o irmão de Izabelle. Fabio Tramorin.

Para ele, a tragédia precisa servir de alerta. “Quando você está dirigindo um carro com outras pessoas, é responsável pela vida de todas elas. Ele precisa aprender o que é ser homem, o que é ter responsabilidade. Porque ele destruiu a vida da minha irmã e abalou toda a nossa família.”

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