O fechamento definitivo dos acessos que ligavam o bairro Riviera à BR-277, nas imediações do km 107, em Curitiba, gerou indignação entre os moradores da região. Os bloqueios, executados pela Prefeitura de Curitiba, atenderam a uma notificação da concessionária Via Araucária, responsável pela administração da rodovia, e não estão relacionados às obras municipais em andamento no local. O caso ganhou repercussão por meio do Grupo BR-277.

De acordo com o que a concessionária informou à Prefeitura, os acessos eram considerados irregulares e não atendiam às normas técnicas estabelecidas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A notificação à Prefeitura previa multa diária de R$ 10 mil caso o Município descumprisse a determinação.

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A moradora da região, Silvia Lipka, disse que o sentimento no bairro é de indignação. “Nós estamos revoltados. Ficamos isolados. Essa saída existia há mais de 50 anos e resolveram fechar para nós. Vamos nos manifestar contra isso”, disse a moradora ao Portal Nosso Dia.

Ela explicou como o fechamento afeta a rotina dos moradores. “Nós temos que agora ir até o sinaleiro da Volvo, acho que eles querem que a gente compre helicóptero. Hoje vamos fazer uma manifestação ou fechar a BR-277 se não formos atendidos”, reclamou.

Exigência contratual

A Prefeitura de Curitiba esclareceu que o fechamento foi uma exigência contratual e técnica da Via Araucária, mas que as obras realizadas nas proximidades seguem normalmente. Segundo o Município, as intervenções na Rua Felício Lakoski, também no bairro Riviera, têm como objetivo melhorar a infraestrutura e o conforto dos moradores.

Os trabalhos compreendem a implantação de rede de drenagem e pavimentação em um trecho de cerca de 280 metros, entre a Rua Anselmo de Lima Filho e o ponto onde já existe asfalto. O local, que antes era de saibro, sofria com poeira em dias secos e lama em períodos de chuva, afetando o tráfego e a qualidade de vida dos moradores.

As obras começaram em novembro de 2024, mas foram paralisadas após notificação da concessionária, por se tratarem de intervenções dentro da faixa de domínio da rodovia. Após análise e autorização da Via Araucária e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), os trabalhos foram retomados no fim de setembro de 2025, com previsão de conclusão até dezembro deste ano, dependendo das condições climáticas.

A Prefeitura informou que segue em diálogo com a concessionária para buscar soluções que garantam segurança viária e mobilidade aos moradores da região.

O Portal Nosso Dia entrou em contato com a Via Araucária e aguarda um retorno.