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Abrigo clandestino para adolescentes que sonham em virar jogador de futebol é interditado em Curitiba

Segundo apurado, com a promessa de oportunidades na carreira do futebol, os pais deixavam os filhos com esse “treinador”, pagando R$ 1,8 mil por mês
Foto: MPPR
Segundo apurado, com a promessa de oportunidades na carreira do futebol, os pais deixavam os filhos com esse “treinador”, pagando R$ 1,8 mil por mês

Redação com MPPR

05/09/24
às
17:18

- Atualizado há 1 mês

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Em Curitiba, o Ministério Público do Paraná, por meio da 2ª Promotoria de Justiça da Criança e do Adolescente, o Conselho Tutelar do Pinheirinho, a Fundação de Ação Social (FAS) e a Vigilância Sanitária Municipal realizaram uma ação que culminou na interdição de um alojamento clandestino para adolescentes no bairro Capão Raso, que funcionava sem alvarás nem licença sanitária. Os meninos moravam no local e treinavam em uma escola de futebol da região.

No momento da ação, havia 19 meninos de 14 a 17 anos no local, provenientes de municípios do Paraná, de Santa Catarina, Mato Grosso, Acre e até do Paraguai. O responsável pelo espaço apresentou contrato de locação de uma academia desportiva.

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No local, também havia uma pessoa que se apresentava como “treinador”, mas que não tem registro profissional e alegou prestar serviço voluntário. Nenhum dos adultos presentes tinha documentação para a guarda dos adolescentes. Segundo apurado, com a promessa de oportunidades na carreira do futebol, os pais deixavam os filhos com esse “treinador”, pagando R$ 1,8 mil por mês para manter os meninos ali hospedados. Além de não ter as devidas licenças de funcionamento, o local apresenta problemas graves de estrutura e péssimas condições de limpeza.

Quase todos os adolescentes foram encaminhados para suas famílias. Até esta quinta-feira, cinco ainda estavam em abrigo institucional da Prefeitura de Curitiba, aguardando o retorno a suas cidades de origem.

Responsabilização – O MPPR busca a responsabilização civil e criminal dos responsáveis pelo alojamento clandestino, com notificação de todos os pais dos adolescentes para orientações. Foi a segunda interdição recente do espaço: em maio, o abrigo também havia sido fechado pela Vigilância Sanitária. Na ocasião, abrigava 30 meninos – todos foram entregues aos pais ou responsáveis, mediante assinatura de termo de responsabilidade pelo Conselho Tutelar.

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