- Atualizado há 1 mês
A nova concessão do transporte coletivo de Curitiba se tornou um dos principais desafios da gestão do prefeito Eduardo Pimentel. O atual contrato vence em agosto de 2024 e a prefeitura, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), está conduzindo estudos para definir os rumos do serviço nos próximos anos. O objetivo é modernizar o sistema, garantir qualidade aos usuários e avançar na transição para uma matriz energética mais sustentável.
Na terça-feira (4), Eduardo Pimentel se reuniu com secretários municipais, representantes do BNDES e do consórcio responsável pelo projeto para debater os estudos técnicos da nova concessão. “A partir de março, nós vamos iniciar as audiências públicas para mostrar com transparência e a imprensa terá um papel importante nisso, para que a população saiba exatamente o que está acontecendo. O que a população quer? Ela quer um ônibus de qualidade, ela quer um preço justo e quer um ônibus no horário. Esses três pontos são os que mais me preocupam”, afirmou o prefeito.
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A concessão do transporte coletivo de Curitiba é tema de discussão há anos, atravessando diferentes gestões municipais. Com um dos sistemas de mobilidade mais reconhecidos do país, a capital paranaense precisa equilibrar a eficiência operacional com a necessidade de renovação da frota e a sustentabilidade econômica do serviço. Para isso, a nova concessão prevê a introdução de novas tecnologias, como monitoramento em tempo real por aplicativo, reforço na segurança com câmeras nos veículos e, principalmente, a transição gradual para uma frota de ônibus elétricos.
“Estamos entregando 60 novos ônibus biarticulados, todos equipados com câmeras de segurança, para garantir a qualidade do transporte. Mas, além disso, a nova concessão vai definir o futuro da mobilidade urbana em Curitiba, trazendo a discussão sobre a redução de emissão de gases do efeito estufa e a implantação de ônibus elétricos”, destacou Pimentel.
O presidente da Urbanização de Curitiba (URBS), Ogeny Pedro Maia Neto, também reforçou a importância do planejamento para a nova concessão. “Temos prazo de entrega do projeto e estamos trabalhando fortemente com o BNDES. Desde 2023, esse projeto está em estudo e agora entramos na segunda etapa, com audiências públicas previstas para garantir a participação da sociedade na tomada de decisão. O contrato atual vence em agosto deste ano e queremos ter o edital pronto até lá”, afirmou.
A descarbonização da frota é um dos pilares do novo contrato. Em 2020, Curitiba concluiu seu Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas (PlanClima), estabelecendo a meta de neutralidade de carbono até 2050. Um dos cenários estudados para atingir esse objetivo é que 85% dos deslocamentos na cidade sejam realizados por transporte coletivo, compartilhado, a pé ou de bicicleta.
Com o prazo do atual contrato se aproximando do fim, a prefeitura busca garantir que a nova concessão atenda às demandas da população, modernizando o sistema sem comprometer a qualidade do serviço e a acessibilidade tarifária. “Nossa prioridade é manter um sistema eficiente, com tecnologia avançada, frota renovada e tarifa justa. E faremos isso com transparência, ouvindo a sociedade e garantindo um transporte coletivo que atenda às necessidades da cidade”, concluiu Eduardo Pimentel.