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O feriado de Proclamação da República acabou oficialmente na terça-feira, dia 15 de novembro, mas na noite desta quarta-feira (16) quem utilizava a BR-277, no retorno para Curitiba, ainda enfrentava uma fila de 6 km na altura do km 42, em pista simples devido a um deslizamento de rocha que aconteceu em outubro. A estressante viagem pela rodovia, que sempre foi um diferencial na comparação com a BR-376, que liga a capital às praias de Santa Catarina, ligou um sinal de alerta e uma cobrança maior para a liberação do trecho.
O retorno do feriado foi de caos especialmente na tarde/noite de terça-feira, quando a fila chegou a quase 15 km. Uma viagem que levaria no máximo duas horas, passou de cinco para o administrador de empresas Giuliano Fonseca. “Eu quase parei o carro e desisti. Ia ficar passando a noite no acostamento. Não é que vai indo muito devagar, vai parando mesmo, especialmente porque é a subida e os caminhões estão carregados”, contou ao Portal Nosso Dia.
A empresária Carla Amado relatou ao Nosso Dia que se programou para sair às 9h de quarta-feira (16), esperando não enfrentar fila, mas não foi o que aconteceu. “Levei quase 50 minutos para passar no trecho de pista simples. Se continuar assim na temporada, vai ficar completamente inviável. Sem contar que carros e até caminhões acabam não aguentando a subida e apresentam problemas mecânicos”, explicou.
Para o setor do Turismo ficou claro que uma solução para a liberação da rodovia é urgente, caso contrário o verão nas praias do Paraná será prejudicado. O vice-presidente da Federação das Empresas de Hospedagem, Gastronomia, Entretenimento e Similares (Feturismo), Fabio Aguayo, afirmou ao Portal Nosso Dia que o movimento nas praias foi menor no feriado pela situação envolvendo a BR-277.
“Toda essa situação da BR-277 tem trazido um transtorno para o setor do turismo. A gente vê o Governo do Paraná avançando na engorda da orla de Matinhos e tudo mais, só que agora o turista está passando horas para ir até o Litoral. A gente não vê uma atitude mais enérgica para resolver e isso pode fazer com que as pessoas deixem de ir às praias do Paraná”, disse Aguayo.
Por meio de nota, o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), responsável pela BR-277 após o fim da concessão do pedágio, informou ao Portal Nosso Dia que trabalha para a contenção das rochas. “A estimativa é de que a execução das obras e liberação das pistas ocorra em dezembro”, diz a nota, sem trazer uma data para a liberação. O Governo do Paraná também acompanha os trabalhos.
Para Aguayo, o acesso para as praias do Paraná precisa ser a prioridade neste momento. “A gente faz um apelo para que se olhe essa questão com carinho e que se resolva logo. O mais importante é o acesso neste momento. Teve gente que desistiu de ir para a praia neste feriado só por pensar no transtorno na estrada”, concluiu.