- Atualizado há 2 meses
Tradicional nos bares e botecos paranaenses, a Carne de Onça é o único prato considerado Patrimônio Cultural Imaterial de Curitiba. A receita leva carne bovina crua, servida sobre fatias de broa e coberta de cebola e cebolinha. O prato ganhou notoriedade a partir de 2013, com o 1º Festival de Carne de Onça, que agora chega à sua 8ª edição, de 17 de setembro a 7 de outubro. Serão 42 participantes, vendendo porções do petisco a R$ 25. O festival é organizado pela plataforma de gastronomia Curitiba Honesta, que realizou as pesquisas para elevar o prato a patrimônio.
Segundo Sergio Medeiros, proprietário da Curitiba Honesta, “quando fizemos o primeiro festival, em 2013, poucos bares serviam a carne de onça, e normalmente, era apenas uma vez por semana”, conta ele. “Atualmente, mais de 200 bares servem diariamente a iguaria, o que demonstra como os festivais impulsionam a gastronomia”, finaliza.
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A Carne de Onça lembra três receitas famosas mundialmente: o Hackepeter alemão, o Steak Tartare francês e o Quibe Cru libanês. Porém, como é servido em Curitiba, é algo próprio da cidade. O petisco é feito assim: uma fatia de broa preta, coberta com carne bovina moída (normalmente patinho), cebola branca cortada fininha, cebolinha verde picada, temperada com sal, pimenta do reino e regada com bom azeite de oliva extravirgem. No Festival, os bares podem trazer suas versões do prato, com novos ingredientes e temperos.
O 8º Festival de Carne de Onça tem o patrocínio da Gold Food Service, Azeite Nucete e Nino Pães. Apoio Abrasel-PR.
Participantes
Confira os participantes do 8° Festival de Carne de Onça de Curitiba:
Para conhecer todos as receitas e endereços, basta acessar o site do Curitiba Honesta.
Sobre a Carne de Onça
A carne de onça tornou-se Patrimônio Cultural e Imaterial Curitiba em setembro de 2016. A pesquisa e encaminhamento foram feitos por Sérgio Medeiros, um entusiasta da gastronomia curitibana. Na pesquisa, Medeiros descobriu a verdadeira história da carne de onça.
Na década de 40, existia um time que foi várias vezes campeão paranaense, o Britânia. Seu diretor era o Cristiano Schimidt. Além do time, ele era dono de um bar na Marechal Deodoro, chamado Toca do Tatu – seu apelido. Para comemorar as vitórias do Britânia, o Schimidt, que não pagava bicho, fazia uma baciada de carne crua e colocava sobre fatias de broa, junto com cebola branca e cebolinha picadas, e servia para os jogadores. Um belo dia, Duia, o goleiro, reclamou: “Poxa, Schimidt, você só serve essa carne aí que nem onça come!”. Pronto! Estava criado o nome do petisco que todos os clientes da Toca do Tatu começaram a pedir e que hoje é servida nos bares da cidade.
Serviço:
8° Festival de Carne de Onça de Curitiba
De 17 de setembro a 7 de outubro de 2024
*Com informações da assessoria de imprensa