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1° dia de julgamento: Vigilante confirma que Guaranho gritou ‘aqui é Bolsonaro’ antes de atirar contra Arruda

O julgamento teve início na manhã de terça-feira (11), no Tribunal do Júri, em Curitiba.
Policial penal Jorge Guaranho atirou e matou o guarda municipal Marcelo Arruda. Foto: Reprodução/Instagram
O julgamento teve início na manhã de terça-feira (11), no Tribunal do Júri, em Curitiba.

Redação Nosso Dia

12/02/25
às
5:57

- Atualizado há 10 meses

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Daniele Lima dos Santos foi a segunda testemunha a prestar depoimento no julgamento de Jorge Guaranho, acusado de matar o guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu. O julgamento teve início na manhã de terça-feira (11), no Tribunal do Júri, em Curitiba.

O vigilante – que prefere ser chamado de Dani e tratado pelo gênero masculino – fazia rondas na região onde ocorria a festa de aniversário de Arruda e foi ouvido por videoconferência por quase três horas no Fórum de Foz do Iguaçu. Ele foi indicado tanto pela defesa, quanto pela acusação.

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Em depoimento, a testemunha disse ter visto Guaranho chegando ao local da festa em duas oportunidades e, na segunda vez, gritou: “Aqui é Bolsonaro, p**!”, segundos antes dos disparos feitos. Daniele relatou ainda que teve o rosto exposto e foi ameaçado após prestar depoimento durante a investigação. Ainda segundo o vigilante, as ameaças foram feitas por bolsonaristas.

O julgamento foi encerrado na noite desta terça-feira e será retomado na manhã desta quarta-feira.

O crime

Marcelo Arruda foi assassinado em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, em 9 de julho de 2022. Segundo o Ministério Público do Paraná (MPPR), o crime teve motivação política, já que Guaranho não gostou da festa de aniversário de Arruda ter como tema o Partido dos Trabalhadores (PT) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele discutiu com Arruda, invadiu o local e depois voltou armado, onde disparou contra a vítima.

O advogado da família Arruda, Daniel Godoy, ressaltou a expectativa de uma pena de pelo menos 20 anos de detenção. “Depois de dois anos e meio teremos a realização deste júri. Esperamos que não haja adiamento e, em consequência do que foi comprovado, haja condenação do réu. Foram três vezes que houve adiamento, mas a gente espera que agora aconteça. O crime foi tão impactante que é impossívei as pessoas de bom senso esquecerem o que ocorreu”, concluiu.

A defesa do ex-policial penal Jorge Guaranho refutou a tese de uma motivação política para o assassinato. O advogado Eloi Leonardo Dore, que defende Guaranho, afirmou que a qualificadora de motivo fútil, por uma possível motivação política, é mentirosa. “A tese vamos reservar para o plenário. No decorrer, vocês vão entender a tese da defesa. De forma alguma houve motivação política, isso foi uma construção da acusação. O que pesa a Guaranhos está destoado do crime político. Isso jamais aconteceu”, disse o advogado.

Com informações da Catve.com.

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